Debbie Reynolds e Carrie Fisher, o fim de uma volátil família de Hollywood
David Villafranca.
Los Angeles (EUA.), 29 dez (EFE).- "Quero estar com Carrie". Com essas palavras em memória de Carrie Fisher, que morreu na última terça-feira, Debbie Reynolds se despediu do mundo um dia depois, dando assim um trágico final a uma relação entre mãe e filha que, marcada pelos vaivéns de Hollywood, passou por alegrias e tristezas de todo tipo.
Carrie Fisher, a icônica princesa Leia de "Star Wars", morreu na terça-feira em Los Angeles aos 60 anos após sofrer um ataque cardíaco na sexta-feira passada, enquanto sua mãe, Debbie Reynolds, a inesquecível protagonista de "Cantando na Chuva" (1952), morreu aos 84 anos na quarta-feira, também na cidade californiana, vítima de um AVC.
Personalidades do cinema e fãs lamentaram nas redes sociais e compartilharam lembranças e imagens de mãe e filha, como uma fotografia de 1963, com Carrie Fisher aos sete anos observando escondida Debbie Reynolds em uma atuação em Las Vegas.
Mas esta encantandora imagem não revela que, ao longo de sua vida, mãe e filha passaram por vários altos e baixos.
Debbie estava casada com seu primeiro marido, o cantor Eddie Fisher, quando em 1956 nasceu sua filha Carrie, que cresceria no agitado mundo do espetáculo no qual sua mãe era uma estrela dos musicais.
"Eles não são lindos?", lembrou Debbie Reynolds, olhando uma antiga fotografia de seus filhos Carrie e Tood Fisher, durante uma entrevista em 2015 para a revista "Entertainment Weekly".
"Foram criados no estúdio MGM (onde ela trabalhava). Fui muito abençoada, muito abençoada de ter estes filhos. Eu só tive sorte", acrescentou.
As lembranças de Carrie daqueles anos não eram doces. Em entrevista em 2011 ao lado de sua mãe no programa de Oprah Winfrey, ela explicou que sua relação foi "volátil" e destacou que houve um tempo, quando era jovem, no qual queria ter "sua própria vida" e "não ser a filha de Debbie Reynolds".
"Ser minha filha foi difícil para Carrie porque na escola o professor a chamava Debbie. Mas suponho que não foi tão ruim porque agora eu sou a mãe da princesa Leia em qualquer lugar que eu vá", contrapôs Debbie, em tom irônico, na mesma conversa.
A falta de sorte de Debbie em sua vida sentimental também não ajudou a criar um ambiente familiar calmo.
Após se separar de Eddie Fisher quando ele a traiu com sua amiga Elizabeth Taylor, um escândalo na época, a atriz se casou com o dono de uma rede de lojas de sapatos Harry Karl, que perdeu toda sua fortuna para o jogo e investimentos ruins.
Se Carrie se sentiu oprimida pela fama de sua mãe, a balança se inclinou para o outro lado quando, com apenas 21 anos, alcançou o estrelato mundial com "Star Wars" (1977).
No auge de sua carreira, a atriz que deu vida à princesa Leia também viveu seus momentos pessoais mais delicados devido ao álcool e as drogas e seu transtorno bipolar, uma obscura época que Debbie se lembraria depois como o ponto no qual sua relação "chegou ao fundo do poço".
Com o passar do tempo, mãe e filha se reconciliaram, inclusive no plano artístico. Assim, o romance de Carrie "Lembranças de Hollywood", que depois seria um filme protagonizado por Meryl Streep e Shirley MacLaine, retratou em parte os encontros e desencontros com sua mãe.
Por outro lado, Debbie protagonizou o filme "As Damas de Hollywood" (2001), com roteiro de Carrie Fisher, e ambas foram protagonistas do documentário "Bright Lights" (2016).
Uma de suas últimas aparições juntas foi nos prêmios do Sindicato de Atores (SAG) de 2015, quando Debbie Reynolds recebeu o prêmio honorário das mãos da filha.
De qualquer forma, o legado artístico das duas terá continuidade na família, já que Billie Lourd, a filha de Carrie Fisher, também começou sua promissora carreira de atriz na série "Scream Queens", e inclusive teve um pequeno papel em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015).
Los Angeles (EUA.), 29 dez (EFE).- "Quero estar com Carrie". Com essas palavras em memória de Carrie Fisher, que morreu na última terça-feira, Debbie Reynolds se despediu do mundo um dia depois, dando assim um trágico final a uma relação entre mãe e filha que, marcada pelos vaivéns de Hollywood, passou por alegrias e tristezas de todo tipo.
Carrie Fisher, a icônica princesa Leia de "Star Wars", morreu na terça-feira em Los Angeles aos 60 anos após sofrer um ataque cardíaco na sexta-feira passada, enquanto sua mãe, Debbie Reynolds, a inesquecível protagonista de "Cantando na Chuva" (1952), morreu aos 84 anos na quarta-feira, também na cidade californiana, vítima de um AVC.
Personalidades do cinema e fãs lamentaram nas redes sociais e compartilharam lembranças e imagens de mãe e filha, como uma fotografia de 1963, com Carrie Fisher aos sete anos observando escondida Debbie Reynolds em uma atuação em Las Vegas.
Mas esta encantandora imagem não revela que, ao longo de sua vida, mãe e filha passaram por vários altos e baixos.
Debbie estava casada com seu primeiro marido, o cantor Eddie Fisher, quando em 1956 nasceu sua filha Carrie, que cresceria no agitado mundo do espetáculo no qual sua mãe era uma estrela dos musicais.
"Eles não são lindos?", lembrou Debbie Reynolds, olhando uma antiga fotografia de seus filhos Carrie e Tood Fisher, durante uma entrevista em 2015 para a revista "Entertainment Weekly".
"Foram criados no estúdio MGM (onde ela trabalhava). Fui muito abençoada, muito abençoada de ter estes filhos. Eu só tive sorte", acrescentou.
As lembranças de Carrie daqueles anos não eram doces. Em entrevista em 2011 ao lado de sua mãe no programa de Oprah Winfrey, ela explicou que sua relação foi "volátil" e destacou que houve um tempo, quando era jovem, no qual queria ter "sua própria vida" e "não ser a filha de Debbie Reynolds".
"Ser minha filha foi difícil para Carrie porque na escola o professor a chamava Debbie. Mas suponho que não foi tão ruim porque agora eu sou a mãe da princesa Leia em qualquer lugar que eu vá", contrapôs Debbie, em tom irônico, na mesma conversa.
A falta de sorte de Debbie em sua vida sentimental também não ajudou a criar um ambiente familiar calmo.
Após se separar de Eddie Fisher quando ele a traiu com sua amiga Elizabeth Taylor, um escândalo na época, a atriz se casou com o dono de uma rede de lojas de sapatos Harry Karl, que perdeu toda sua fortuna para o jogo e investimentos ruins.
Se Carrie se sentiu oprimida pela fama de sua mãe, a balança se inclinou para o outro lado quando, com apenas 21 anos, alcançou o estrelato mundial com "Star Wars" (1977).
No auge de sua carreira, a atriz que deu vida à princesa Leia também viveu seus momentos pessoais mais delicados devido ao álcool e as drogas e seu transtorno bipolar, uma obscura época que Debbie se lembraria depois como o ponto no qual sua relação "chegou ao fundo do poço".
Com o passar do tempo, mãe e filha se reconciliaram, inclusive no plano artístico. Assim, o romance de Carrie "Lembranças de Hollywood", que depois seria um filme protagonizado por Meryl Streep e Shirley MacLaine, retratou em parte os encontros e desencontros com sua mãe.
Por outro lado, Debbie protagonizou o filme "As Damas de Hollywood" (2001), com roteiro de Carrie Fisher, e ambas foram protagonistas do documentário "Bright Lights" (2016).
Uma de suas últimas aparições juntas foi nos prêmios do Sindicato de Atores (SAG) de 2015, quando Debbie Reynolds recebeu o prêmio honorário das mãos da filha.
De qualquer forma, o legado artístico das duas terá continuidade na família, já que Billie Lourd, a filha de Carrie Fisher, também começou sua promissora carreira de atriz na série "Scream Queens", e inclusive teve um pequeno papel em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015).
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