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Chefe de Segurança Laboral durante explosão em Tianjin pega 15 anos de prisão

21/02/2017 09h45

Pequim, 21 fev (EFE).- O Segundo Tribunal Popular Intermediário de Pequim condenou nesta terça-feira a 15 anos de prisão Yang Dongliang, diretor da Administração Estatal de Segurança do Trabalho da China quando, em 2015, 173 pessoas morreram por causa de várias explosões na cidade de Tianjin, no norte do país.

A sentença, que declara Yang culpado de aceitar propinas e de fazer mau uso dos recursos públicos, põe fim a um processo judicial de um ano e meio que começou após o desastre de Tianjin, quando uma série de explosões em um armazém de produtos químicos no porto da cidade causou um dos incidentes mais trágicos da China nos últimos anos.

Yang, que foi destituído de seu cargo no fim de agosto de 2015 e expulso do Partido Comunista dois meses depois, aceitou o veredicto e decidiu não recorrer da sentença.

O processo judicial no qual era acusado de corrupção transcorreu em paralelo ao relativo à catástrofe de Tianjin, que foi encerrado em novembro com penas de prisão para 49 acusados e uma de prisão perpétua para o proprietário do armazém onde aconteceram as explosões.

Yang, que foi destituído de seu cargo em plena crise pelo ocorrido, sempre foi apontado como um dos responsáveis.

Sua carreira política esteve muito vinculada a Tianjin, já que foi vice-prefeito dessa cidade de 2001 até 2012, antes de ser nomeado diretor da Administração de Segurança do Trabalho.

A catástrofe em Tianjin aconteceu em 12 de agosto de 2015 em um terminal de contêineres do porto da cidade, o principal do norte da China, pelo armazenamento "inadequado e ilegal" de materiais perigosos, segundo a investigação oficial concluída em fevereiro de 2016.

Além de deixar 173 mortos e mais de 700 feridos e de evidenciar as frágeis medidas de segurança industrial e do trabalho na China, as explosões causaram uma grave crise ambiental e geraram grande preocupação social no país.