Grupos sociais dominicanos pedem investigação imparcial do caso Odebrecht
Santo Domingo, 22 fev (EFE).- Uma comissão dos diferentes grupos sociais que integram o coletivo "Marcha Verde" entregou nesta quarta-feira na sede da presidência da República Dominicana milhares de assinaturas para exigir a criação de uma comissão de procuradores independentes que, acompanhados pela ONU, investiguem os subornos pagos pela Odebrecht no país.
Dezenas de pessoas foram ao Palácio Nacional entregar as mais de 300.000 assinaturas que asseguram ter coletado na capital Santo Domingo e em várias províncias do país.
Os dirigentes do movimento foram recebidos na sede de governo por uma comissão integrada pelo consultor jurídico do Poder Executivo, Flavio Darío Espinal, e pela vice-ministra da presidência, Zoraima Cuello.
Várias cidades dominicanas se somaram hoje às concentrações para reivindicar justiça no caso dos subornos que a construtora brasileira admitiu ter pagado no país em troca da concessão de obras públicas.
No município de San Francisco de Macorís (nordeste) dezenas de pessoas se manifestaram para reivindicar transparência neste caso, da mesma forma que em Barahona (sudoeste), Santiago (norte) e na fronteiriça Dajabón (noroeste), onde grupos de pessoas também saíram às ruas para apoiar esta iniciativa.
O movimento "Marcha Verde", responsável pela convocação, emitiu um documento no qual exige que o presidente dominicano, Danilo Medina, forme até o dia 27 de fevereiro uma comissão independente que investigue as práticas da Odebrecht no país desde 2001.
"O presidente deve assumir como sua esta causa e dar respostas imediatas, reais e profundas a um povo que reivindica que seja revertida esta insuportável degradação moral e ética que põe em risco o funcionamento sustentável da sociedade dominicana", destaca o documento.
Medina deve pronunciar-se sobre o caso Odebrecht em seu primeiro discurso de prestação de contas de seu segundo mandato no próximo dia 27 de fevereiro, segundo revelou esta semana o ministro administrativo da presidência, José Ramón Peralta.
Em sua nota, a "Marcha Verde" propõe que a comissão de procuradores independentes deve ser acompanhada por uma missão especial da ONU, para garantir a "transparência" nas investigações.
Segundo documentos divulgados no último dia 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a construtora brasileira pagou aproximadamente US$ 788 milhões em subornos em 12 países, entre eles a República Dominicana.
Os documentos asseguram que, concretamente, a empresa pagou US$ 92 milhões em subornos no país caribenho para ter acesso a contratos milionários ao longo de quase duas décadas.
O país chegou a um acordo com a construtora brasileira, pendente de homologação por parte de um juiz, no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 184 milhões, o dobro da quantia que admitiu ter pagado em subornos a funcionários dominicanos para garantir licitações de infraestruturas públicas entre 2001 e 2014.
O gerente geral da Odebrecht no país, Marcelo Hofke, revelou no último dia 10 de janeiro que seu representante comercial na República Dominicana, Ángel Rondón, foi quem recebeu e distribuiu os US$ 92 milhões.
Por sua parte, Rondón reconheceu ter recebido uma quantia similar a US$ 92 milhões da Odebrecht, mas afirmou que esse número corresponde a contratos de serviços de representação e não para efetuar subornos.
Dezenas de pessoas foram ao Palácio Nacional entregar as mais de 300.000 assinaturas que asseguram ter coletado na capital Santo Domingo e em várias províncias do país.
Os dirigentes do movimento foram recebidos na sede de governo por uma comissão integrada pelo consultor jurídico do Poder Executivo, Flavio Darío Espinal, e pela vice-ministra da presidência, Zoraima Cuello.
Várias cidades dominicanas se somaram hoje às concentrações para reivindicar justiça no caso dos subornos que a construtora brasileira admitiu ter pagado no país em troca da concessão de obras públicas.
No município de San Francisco de Macorís (nordeste) dezenas de pessoas se manifestaram para reivindicar transparência neste caso, da mesma forma que em Barahona (sudoeste), Santiago (norte) e na fronteiriça Dajabón (noroeste), onde grupos de pessoas também saíram às ruas para apoiar esta iniciativa.
O movimento "Marcha Verde", responsável pela convocação, emitiu um documento no qual exige que o presidente dominicano, Danilo Medina, forme até o dia 27 de fevereiro uma comissão independente que investigue as práticas da Odebrecht no país desde 2001.
"O presidente deve assumir como sua esta causa e dar respostas imediatas, reais e profundas a um povo que reivindica que seja revertida esta insuportável degradação moral e ética que põe em risco o funcionamento sustentável da sociedade dominicana", destaca o documento.
Medina deve pronunciar-se sobre o caso Odebrecht em seu primeiro discurso de prestação de contas de seu segundo mandato no próximo dia 27 de fevereiro, segundo revelou esta semana o ministro administrativo da presidência, José Ramón Peralta.
Em sua nota, a "Marcha Verde" propõe que a comissão de procuradores independentes deve ser acompanhada por uma missão especial da ONU, para garantir a "transparência" nas investigações.
Segundo documentos divulgados no último dia 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a construtora brasileira pagou aproximadamente US$ 788 milhões em subornos em 12 países, entre eles a República Dominicana.
Os documentos asseguram que, concretamente, a empresa pagou US$ 92 milhões em subornos no país caribenho para ter acesso a contratos milionários ao longo de quase duas décadas.
O país chegou a um acordo com a construtora brasileira, pendente de homologação por parte de um juiz, no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar US$ 184 milhões, o dobro da quantia que admitiu ter pagado em subornos a funcionários dominicanos para garantir licitações de infraestruturas públicas entre 2001 e 2014.
O gerente geral da Odebrecht no país, Marcelo Hofke, revelou no último dia 10 de janeiro que seu representante comercial na República Dominicana, Ángel Rondón, foi quem recebeu e distribuiu os US$ 92 milhões.
Por sua parte, Rondón reconheceu ter recebido uma quantia similar a US$ 92 milhões da Odebrecht, mas afirmou que esse número corresponde a contratos de serviços de representação e não para efetuar subornos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.