Parlamento escocês aprova negociação para novo referendo de independência
Londres, 28 mar (EFE).- O parlamento da Escócia aprovou nesta terça-feira uma moção que dá ao governo autônomo a chance de negociar com Londres a convocação de um novo referendo sobre sua independência do Reino Unido.
Por 69 votos a favor e 59 contra, a câmara de Holyrood (Edimburgo) respaldou a proposta da ministra principal, a nacionalista Nicola Sturgeon, para promover um referendo entre outono de 2018 e a primavera de 2019.
Um dia antes que o governo britânico ative o processo de saída da União Europeia (UE), Sturgeon defendeu que os escoceses devem poder "escolher entre o 'Brexit' ou se transformar em um país independente".
"A Escócia, como o restante do Reino Unido, se encontra em uma bifurcação", disse a líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que somou os seis votos do Partido Verde aos seus 63 deputados para obter a maioria necessária para aprovar a moção em uma câmara com 129 cadeiras.
O debate no parlamento autônomo durou cerca de sete horas, em uma sessão que se estendeu por três dias e que foi suspensa na quarta-feira passada devido ao atentado que acabou com cinco mortes em Londres, entre elas o agressor.
Quando a primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, ativar na quarta-feira o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará um período de dois anos para negociar as condições de saída da UE, o Reino Unido caminhará rumo a uma mudança "significativa e profunda", disse Sturgeon.
Por esse motivo, a ministra principal escocesa defendeu a realização de um referendo quando os termos finais do "Brexit" estiverem "claros", de modo que os escoceses possam tomar uma "decisão informada".
Há dois anos e meio, 55,3% dos eleitores que participaram do primeiro referendo optaram por continuar fazendo parte do Reino Unido.
Previsivelmente, Sturgeon irá se deparar nesta ocasião com a oposição da primeira-ministra britânica, que argumentou que "não é o momento" de realizar uma consulta popular.
A líder escocesa espera manter um diálogo "racional", e não "de confronto", com o governo britânico, que deve ceder temporariamente suas competências exclusivas para que a Escócia possa realizar um referendo legal e vinculativo sobre sua cisão do Reino Unido.
Nas bancadas da oposição, a líder do Partido Conservador na Escócia, Ruth Davidson, lamentou que o SNP tenha posto sobre a mesa um "calendário apressado" para uma nova consulta.
Para Davidson, os escoceses "têm o direito de ver como funciona na prática o processo do 'Brexit" antes de tomarem uma decisão sobre sua independência.
Kezia Dugdale, representante do Partido Trabalhista na Escócia, que também se opôs à moção de Sturgeon, ressaltou que 85% da população escocesa votou no referendo anterior e que "a vontade dos cidadãos deve ser respeitada".
Por 69 votos a favor e 59 contra, a câmara de Holyrood (Edimburgo) respaldou a proposta da ministra principal, a nacionalista Nicola Sturgeon, para promover um referendo entre outono de 2018 e a primavera de 2019.
Um dia antes que o governo britânico ative o processo de saída da União Europeia (UE), Sturgeon defendeu que os escoceses devem poder "escolher entre o 'Brexit' ou se transformar em um país independente".
"A Escócia, como o restante do Reino Unido, se encontra em uma bifurcação", disse a líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP), que somou os seis votos do Partido Verde aos seus 63 deputados para obter a maioria necessária para aprovar a moção em uma câmara com 129 cadeiras.
O debate no parlamento autônomo durou cerca de sete horas, em uma sessão que se estendeu por três dias e que foi suspensa na quarta-feira passada devido ao atentado que acabou com cinco mortes em Londres, entre elas o agressor.
Quando a primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, ativar na quarta-feira o artigo 50 do Tratado de Lisboa, que iniciará um período de dois anos para negociar as condições de saída da UE, o Reino Unido caminhará rumo a uma mudança "significativa e profunda", disse Sturgeon.
Por esse motivo, a ministra principal escocesa defendeu a realização de um referendo quando os termos finais do "Brexit" estiverem "claros", de modo que os escoceses possam tomar uma "decisão informada".
Há dois anos e meio, 55,3% dos eleitores que participaram do primeiro referendo optaram por continuar fazendo parte do Reino Unido.
Previsivelmente, Sturgeon irá se deparar nesta ocasião com a oposição da primeira-ministra britânica, que argumentou que "não é o momento" de realizar uma consulta popular.
A líder escocesa espera manter um diálogo "racional", e não "de confronto", com o governo britânico, que deve ceder temporariamente suas competências exclusivas para que a Escócia possa realizar um referendo legal e vinculativo sobre sua cisão do Reino Unido.
Nas bancadas da oposição, a líder do Partido Conservador na Escócia, Ruth Davidson, lamentou que o SNP tenha posto sobre a mesa um "calendário apressado" para uma nova consulta.
Para Davidson, os escoceses "têm o direito de ver como funciona na prática o processo do 'Brexit" antes de tomarem uma decisão sobre sua independência.
Kezia Dugdale, representante do Partido Trabalhista na Escócia, que também se opôs à moção de Sturgeon, ressaltou que 85% da população escocesa votou no referendo anterior e que "a vontade dos cidadãos deve ser respeitada".
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