"Vá pedir desculpas a sua avó", diz ministro boliviano a chanceler chileno
La Paz, 28 mar (EFE).- O ministro da Defesa da Bolívia, Reymi Ferreira, mandou o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, "pedir desculpas a sua avó", depois que esse afirmou nesta terça-feira que o Chile pode reconsiderar a decisão de outorgar-lhe um visto para que entre em seu território caso se desculpe formalmente.
"Que vá pedir desculpas a sua avó. Eu não tenho porque oferecer desculpas por algo que não disse, por algo que disseram a ele. Que leia bem primeiro (...) Não insultei ninguém, não promovi nenhum boicote", disse o ministro em entrevista coletiva.
Ferreira respondeu assim ao ser consultado sobre a declaração realizada hoje por Muñoz em Genebra, onde confirmou que o Chile não concederá visto ao ministro boliviano para que visite esse país por considerá-lo prejudicial para as relações bilaterais.
Muñoz, no entanto, admitiu que se Ferreira "se desculpar formalmente" por expressões recentes consideradas como um boicote ao comércio chileno e ofensivas à presidente chilena, Michelle Bachelet, o Chile está disposto a "considerar sua entrada".
A troca de farpas está no contexto do novo momento de tensão entre os dois países, a propósito da reclusão no Chile de dois militares e sete funcionários alfandegários bolivianos no último dia 19 de março após serem acusados de tentar roubar caminhões.
As autoridades bolivianas rejeitaram essa denúncia e insistiram que os militares e os funcionários alfandegários realizavam uma operação contra o contrabando em território boliviano, e não no chileno, como sustenta o Executivo do Chile.
A frase de Ferreira lembra a que foi dita, segundo historiadores da Bolívia, pelo herói boliviano Eduardo Abaroa na guerra contra o Chile no século 19 quando foi intimado a render-se: "Render-me? Que se renda sua avó, c...".
Ferreira reiterou hoje que não pedirá perdão por ter publicado em seu perfil pessoal no Facebook um cartaz que sugeria boicote a produtos chilenos de contrabando, e defendeu que isso foi expressado fazendo uso de seu direito constitucional.
O ministro acrescentou que não há "caluniado, acusado ou falta de respeito" a Bachelet, mas qualificou de "infâmia grosseira" que a governante acuse esses bolivianos de tentar roubar os caminhões.
Após a recusa do visto, Ferreira disse que desistiu de viajar à cidade chilena de Iquique para visitar os nove detidos na prisão de Alto Hospicio para verificar seu estado.
Em sua opinião, seu país também deveria aplicar a reciprocidade com a exigência de vistos para as autoridades chilenas que queiram visitar a Bolívia.
A exigência dos vistos para autoridades bolivianas foi decidida pelo Chile no ano passado, como reação à visita que várias altas autoridades bolivianas realizaram aos portos chilenos sem autorização de seus homólogos do país austral.
"Que vá pedir desculpas a sua avó. Eu não tenho porque oferecer desculpas por algo que não disse, por algo que disseram a ele. Que leia bem primeiro (...) Não insultei ninguém, não promovi nenhum boicote", disse o ministro em entrevista coletiva.
Ferreira respondeu assim ao ser consultado sobre a declaração realizada hoje por Muñoz em Genebra, onde confirmou que o Chile não concederá visto ao ministro boliviano para que visite esse país por considerá-lo prejudicial para as relações bilaterais.
Muñoz, no entanto, admitiu que se Ferreira "se desculpar formalmente" por expressões recentes consideradas como um boicote ao comércio chileno e ofensivas à presidente chilena, Michelle Bachelet, o Chile está disposto a "considerar sua entrada".
A troca de farpas está no contexto do novo momento de tensão entre os dois países, a propósito da reclusão no Chile de dois militares e sete funcionários alfandegários bolivianos no último dia 19 de março após serem acusados de tentar roubar caminhões.
As autoridades bolivianas rejeitaram essa denúncia e insistiram que os militares e os funcionários alfandegários realizavam uma operação contra o contrabando em território boliviano, e não no chileno, como sustenta o Executivo do Chile.
A frase de Ferreira lembra a que foi dita, segundo historiadores da Bolívia, pelo herói boliviano Eduardo Abaroa na guerra contra o Chile no século 19 quando foi intimado a render-se: "Render-me? Que se renda sua avó, c...".
Ferreira reiterou hoje que não pedirá perdão por ter publicado em seu perfil pessoal no Facebook um cartaz que sugeria boicote a produtos chilenos de contrabando, e defendeu que isso foi expressado fazendo uso de seu direito constitucional.
O ministro acrescentou que não há "caluniado, acusado ou falta de respeito" a Bachelet, mas qualificou de "infâmia grosseira" que a governante acuse esses bolivianos de tentar roubar os caminhões.
Após a recusa do visto, Ferreira disse que desistiu de viajar à cidade chilena de Iquique para visitar os nove detidos na prisão de Alto Hospicio para verificar seu estado.
Em sua opinião, seu país também deveria aplicar a reciprocidade com a exigência de vistos para as autoridades chilenas que queiram visitar a Bolívia.
A exigência dos vistos para autoridades bolivianas foi decidida pelo Chile no ano passado, como reação à visita que várias altas autoridades bolivianas realizaram aos portos chilenos sem autorização de seus homólogos do país austral.
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