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Pesquisa aponta que 77% dos mexicanos desaprova gestão de Peña Nieto

29/03/2017 20h36

Cidade do México, 29 mar (EFE).- Um estudo dos institutos GEA-ISA divulgado nesta quarta-feira indica que 77% dos mexicanos desaprova a gestão do presidente Enrique Peña Nieto, um resultado 11 pontos percentuais maior que o registrado na pesquisa anterior.

"Ao começar o quinto ano de governo do presidente Enrique Peña Nieto, a avaliação cidadã continua se deteriorando. A avaliação chegou a seu nível mínimo: 19% aprova sua gestão, contra 77% que a reprova", assinalaram os institutos.

O GEA e o ISA, especializados em informação e análise, apontaram uma baixa na popularidade de Peña Nieto e seu governo, que nos primeiros meses de gestão, que começou no final de 2012, tinha uma desaprovação de 33%.

Já no primeiro trimestre do ano passado obteve uma desaprovação de 53%, razão pela qual em 12 meses a percepção negativa sobre seu governo aumentou em 24 pontos percentuais.

O relatório destacou também que sua credibilidade também está "nos níveis mínimos do mandato: apenas 5% acredita totalmente no presidente, enquanto 63% não acredita nada".

Dessa forma, o governo mexicano gera "cada vez mais sentimentos negativos". Em março, a pesquisa refletiu que 33% dos entrevistados sente raiva do atual Executivo.

"A liberalização de preços da gasolina e o posterior aumento (em janeiro), conhecido como 'gasolinazo', foi um dos fatores que mais contribuiu para este sentimento de raiva", destacaram os institutos.

A pesquisa GEA-ISA também reflete o posicionamento da população perante as eleições presidenciais do 2018.

Diante do impacto negativo sofrido pelo governista Partido Revolucionário Institucional, o conservador Partido Ação Nacional (PAN) aparece na primeira posição, com 20% das intenções de voto, mas ainda seguido muito de perto pelo PRI (19%).

Por sua vez, o esquerdista Movimento Regeneração Nacional (Morena) surge com 15% de intenções, na frente do também de esquerda Partido da Revolução Democrática (PRD), com 7%.

A pesquisa foi feita com base em entrevistas com 1.000 cidadãos realizadas entre os dias 18 e 21 de março em casas de todo o país, tem uma margem de erro de 3,1%, para mais ou para menos, e um nível de confiança de 95%.