Tribunal sul-coreano delibera sobre possível detenção da ex-presidente Park
Andrés Sánchez Braun
Seul, 30 mar (EFE).- A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye compareceu nesta quinta-feira em uma sessão em um Tribunal de Seul que decidirá se a envia para prisão preventiva por sua participação na trama de corrupção da "Rasputina".
Com semblante sério, Park chegou à corte 10 minutos antes do começo da audiência, onde será debatida a concessão da ordem de detenção solicitada pela procuradoria na segunda-feira.
A sessão, que foi realizada a portas fechadas, durou oito horas e 40 minutos, um tempo recorde desde que em 1997 a Coreia do Sul introduziu este sistema para revisar pedidos cursados pelos investigadores.
Durante todo esse tempo, centenas de seguidores de Park permaneceram perante os tribunais do Distrito Central de Seul para mostrar seu apoio, da mesma forma como ocorreu quando a ex-líder deixou entre um forte dispositivo de segurança seu domicílio no bairro de Samseong para se dirigir aos tribunais.
Ao término da sessão, a ex-mandatária deixou a sede do tribunal sem responder às perguntas dos veículos de imprensa com idêntico gesto de severidade e foi para um escritório da procuradoria, onde aguardará o veredicto.
Embora não tinha obrigação legal, a ex-presidente decidiu comparecer perante o tribunal e portanto teve que responder diretamente as perguntas do juiz.
É certo que ela e seus advogados negaram novamente os 13 crimes que por enquanto a procuradoria lhe atribui, entre os quais estão abuso de poder, coação e suborno, este último castigado pela lei sul-coreana com um mínimo de 10 anos de prisão e até com prisão perpétua.
Concluída a audiência, espera-se que o tribunal delibere durante várias horas e divulgue sua decisão no fim do dia hoje ou mesmo na sexta-feira.
A procuradoria, que já interrogou Park na semana passada durante 21 horas seguidas, considera que a ex-líder confabulou com sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de "Rasputina" por sua influência sobre a ex-mandatária, para criar uma rede que extorquia empresas.
Entre essas empresas está o Grupo Samsung, e por este motivo seu presidente de fato, Lee Jae-yong, teve que comparecer em uma audiência similar em 16 de fevereiro que terminou com sua detenção.
Choi e Lee, que já estão sendo processados, estão detidos no mesmo centro penitenciário do sul de Seul ao qual Park será enviada caso a corte decida por sua prisão.
Se o tribunal conceder esta ordem de detenção, os investigadores terão outro prazo máximo de 20 dias para continuar com suas investigações antes de apresentar acusações formais contra a ex-presidente da Coreia do Sul.
Park, de 65 anos, se transformaria, além disso, no terceiro ex-chefe de Estado sul-coreano a ser detido após o general Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.
A ex-mandatária perdeu sua imunidade presidencial em 10 de março quando o Tribunal Constitucional ratificou sua destituição, que tinha sido aprovada por maioria parlamentar em dezembro.
Seul, 30 mar (EFE).- A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye compareceu nesta quinta-feira em uma sessão em um Tribunal de Seul que decidirá se a envia para prisão preventiva por sua participação na trama de corrupção da "Rasputina".
Com semblante sério, Park chegou à corte 10 minutos antes do começo da audiência, onde será debatida a concessão da ordem de detenção solicitada pela procuradoria na segunda-feira.
A sessão, que foi realizada a portas fechadas, durou oito horas e 40 minutos, um tempo recorde desde que em 1997 a Coreia do Sul introduziu este sistema para revisar pedidos cursados pelos investigadores.
Durante todo esse tempo, centenas de seguidores de Park permaneceram perante os tribunais do Distrito Central de Seul para mostrar seu apoio, da mesma forma como ocorreu quando a ex-líder deixou entre um forte dispositivo de segurança seu domicílio no bairro de Samseong para se dirigir aos tribunais.
Ao término da sessão, a ex-mandatária deixou a sede do tribunal sem responder às perguntas dos veículos de imprensa com idêntico gesto de severidade e foi para um escritório da procuradoria, onde aguardará o veredicto.
Embora não tinha obrigação legal, a ex-presidente decidiu comparecer perante o tribunal e portanto teve que responder diretamente as perguntas do juiz.
É certo que ela e seus advogados negaram novamente os 13 crimes que por enquanto a procuradoria lhe atribui, entre os quais estão abuso de poder, coação e suborno, este último castigado pela lei sul-coreana com um mínimo de 10 anos de prisão e até com prisão perpétua.
Concluída a audiência, espera-se que o tribunal delibere durante várias horas e divulgue sua decisão no fim do dia hoje ou mesmo na sexta-feira.
A procuradoria, que já interrogou Park na semana passada durante 21 horas seguidas, considera que a ex-líder confabulou com sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de "Rasputina" por sua influência sobre a ex-mandatária, para criar uma rede que extorquia empresas.
Entre essas empresas está o Grupo Samsung, e por este motivo seu presidente de fato, Lee Jae-yong, teve que comparecer em uma audiência similar em 16 de fevereiro que terminou com sua detenção.
Choi e Lee, que já estão sendo processados, estão detidos no mesmo centro penitenciário do sul de Seul ao qual Park será enviada caso a corte decida por sua prisão.
Se o tribunal conceder esta ordem de detenção, os investigadores terão outro prazo máximo de 20 dias para continuar com suas investigações antes de apresentar acusações formais contra a ex-presidente da Coreia do Sul.
Park, de 65 anos, se transformaria, além disso, no terceiro ex-chefe de Estado sul-coreano a ser detido após o general Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.
A ex-mandatária perdeu sua imunidade presidencial em 10 de março quando o Tribunal Constitucional ratificou sua destituição, que tinha sido aprovada por maioria parlamentar em dezembro.
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