Financiamento de muro com México pode jogar EUA em crise orçamental
Washington, 21 abr (EFE).- A Casa Branca ordenou nesta sexta-feira às agências federais que comecem a se preparar para uma possível paralisação parcial do governo no final do mês por falta de fundos, caso fracassem negociações orçamentais nas quais o financiamento para o muro com o México tem um papel central.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje aos jornalistas que acredita que a Casa Branca está "em boa forma" e poderá evitar a suspensão de boa parte das atividades do governo federal, algo que acontecerá se o Congresso não chegar a um acordo orçamental temporário antes da meia-noite de 28 de abril.
A Casa Branca complicou as negociações no Congresso para combinar um orçamento temporário que mantenha o governo funcionando durante alguns meses, ao exigir nas últimas horas que sejam incluídos nesse pacote fundos para construir o muro na fronteira com o México e para contratar mais agentes de imigração.
Essa exigência, formulada nesta quinta-feira pelo diretor do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, enfrenta uma forte resistência dos democratas, e complicou as negociações para manter governo aberto depois da próxima semana.
O escritório dirigido por Mulvaney anunciou hoje que está dando passos para preparar-se para uma possível interrupção de fundos e instruiu todas as agências do governo a fazer o mesmo, embora tenha salientado em comunicado que o risco de fracasso nas negociações orçamentais é "muito baixo".
"Continuamos confiantes de que não vai haver uma paralisação do governo", assegurou hoje o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em entrevista coletiva.
"Deixamos muito claro que queremos fundos para o muro na fronteira, que queremos uma maior flexibilidade para rejeitar subvenções federais às 'cidades-santuário', que queremos contratar agentes de imigração, e que queremos US$ 30 bilhões para o orçamento militar. Essas são nossas prioridades", acrescentou.
As "cidades-santuário" são aquelas que se negam a colaborar com as autoridades federais para deportar os indocumentados e os imigrantes que cometeram algum crime, e Trump ordenou, logo depois de chegar ao poder, o corte dos fundos para essas entidades caso mantivessem essa postura.
Os democratas têm mais poder nesta negociação que em outras, uma vez que são necessários 60 votos no Senado para aprovar a medida orçamental, e os republicanos contam apenas com 52 cadeiras.
Um porta-voz do líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, comentou que tudo corria bem nas negociações fechadas para estender os fundos do governo até que a Casa Branca "começou a impor linha dura" com exigências como a dos fundos para o muro.
"Os democratas não são os únicos que estão contra o muro, também há uma oposição republicana significativa", afirmou o porta-voz, Matt House, em declarações ao jornal "The Washington Post".
A Casa Branca não esclareceu quantos fundos exatamente quer extrair do Congresso para começar a construir o muro nesta primeira negociação orçamental.
No entanto, em sua proposta de orçamento para o ano fiscal 2018, Trump solicitou US$ 1,5 bilhão este ano para começar as obras de construção e US$ 2,6 bilhões adicionais para o próximo ano.
Segundo o independente Escritório de Contabilidade Governamental, o preço total do muro com o México poderia elevar-se a US$ 21 bilhões, sem levar em conta as necessidades de pagar àqueles que terão seus terrenos expropriados.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje aos jornalistas que acredita que a Casa Branca está "em boa forma" e poderá evitar a suspensão de boa parte das atividades do governo federal, algo que acontecerá se o Congresso não chegar a um acordo orçamental temporário antes da meia-noite de 28 de abril.
A Casa Branca complicou as negociações no Congresso para combinar um orçamento temporário que mantenha o governo funcionando durante alguns meses, ao exigir nas últimas horas que sejam incluídos nesse pacote fundos para construir o muro na fronteira com o México e para contratar mais agentes de imigração.
Essa exigência, formulada nesta quinta-feira pelo diretor do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, enfrenta uma forte resistência dos democratas, e complicou as negociações para manter governo aberto depois da próxima semana.
O escritório dirigido por Mulvaney anunciou hoje que está dando passos para preparar-se para uma possível interrupção de fundos e instruiu todas as agências do governo a fazer o mesmo, embora tenha salientado em comunicado que o risco de fracasso nas negociações orçamentais é "muito baixo".
"Continuamos confiantes de que não vai haver uma paralisação do governo", assegurou hoje o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em entrevista coletiva.
"Deixamos muito claro que queremos fundos para o muro na fronteira, que queremos uma maior flexibilidade para rejeitar subvenções federais às 'cidades-santuário', que queremos contratar agentes de imigração, e que queremos US$ 30 bilhões para o orçamento militar. Essas são nossas prioridades", acrescentou.
As "cidades-santuário" são aquelas que se negam a colaborar com as autoridades federais para deportar os indocumentados e os imigrantes que cometeram algum crime, e Trump ordenou, logo depois de chegar ao poder, o corte dos fundos para essas entidades caso mantivessem essa postura.
Os democratas têm mais poder nesta negociação que em outras, uma vez que são necessários 60 votos no Senado para aprovar a medida orçamental, e os republicanos contam apenas com 52 cadeiras.
Um porta-voz do líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, comentou que tudo corria bem nas negociações fechadas para estender os fundos do governo até que a Casa Branca "começou a impor linha dura" com exigências como a dos fundos para o muro.
"Os democratas não são os únicos que estão contra o muro, também há uma oposição republicana significativa", afirmou o porta-voz, Matt House, em declarações ao jornal "The Washington Post".
A Casa Branca não esclareceu quantos fundos exatamente quer extrair do Congresso para começar a construir o muro nesta primeira negociação orçamental.
No entanto, em sua proposta de orçamento para o ano fiscal 2018, Trump solicitou US$ 1,5 bilhão este ano para começar as obras de construção e US$ 2,6 bilhões adicionais para o próximo ano.
Segundo o independente Escritório de Contabilidade Governamental, o preço total do muro com o México poderia elevar-se a US$ 21 bilhões, sem levar em conta as necessidades de pagar àqueles que terão seus terrenos expropriados.
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