Premiê francês acusa Le Pen de "instrumentalizar" atentado em Paris
Paris, 21 abr (EFE).- O primeiro-ministro da França, Bernard Cazeneuve, respondeu nesta sexta-feira às críticas da candidata de extrema-direita para as eleições presidenciais, Marine Le Pen, e a acusou de tentar "instrumentalizar" em seu favor o atentado de ontem à noite em Paris.
Em uma declaração no Palácio de Matignon, a sede da chefia de governo, o socialista Cazeneuve também respondeu declarações do candidato conservador, François Fillon, a quem repreendeu por não ter conseguido avanços na luta antiterrorista quando foi premiê entre 2007 e 2012, durante a presidência de Nicolas Sarkozy.
A França, que realiza eleições presidenciais em dois dias, continua comovida pelo ataque de ontem à noite na avenida Champs-Elysées em Paris, no qual morreu um policial e cuja autoria foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Cazeneuve, que já tinha dado explicações sobre o atentado ao término do Conselho de Defesa na manhã de hoje, voltou a responder várias críticas feitas por Le Pen e Fillon, que consideram que o governo não fez o suficiente para a luta contra o terrorismo.
"Este ataque é um drama e Le Pen tentou lamentavelmente tirar proveito eleitoral em detrimento da verdade", acusou o premiê francês, que rebateu, uma a uma, as investidas da candidata da extrema-direita.
O chefe de governo lembrou que 117 estrangeiros suspeitos de relação com terrorismo já foram expulsos do país e denunciou que Le Pen demonstrou "desconhecimento dos dispositivos terroristas" depois que a candidata afirmou que seria necessário expulsar os estrangeiros monitorados pelo serviço secreto por radicalismo, retirar a nacionalidade francesa dos que têm dupla nacionalidade e que aqueles que são apenas francesas fossem detidos sob a acusação de "adesão a uma ideologia do inimigo".
"(Le Pen) procura, como sempre faz após cada drama, aproveitar-se para instrumentalizar e dividir. Procura explodir, sem nenhuma vergonha, o medo e a emoção com fins exclusivamente políticos", comentou Cazeneuve sobre a candidata, que pediu hoje que as fronteiras nacionais fossem restauradas "imediatamente".
Cazeneuve também repreendeu Fillon, ao lembrar que o político conservador acabou com 13 mil postos nas forças de segurança quando dirigiu o governo.
O premiê francês destacou que foi durante os governos socialistas que as fronteiras externas da União Europeia foram reforçadas, em alusão às propostas do candidato conservador, que hoje pediu a uma renegociação do Tratado de Schengen, que prevê a abertura das fronteiras e a livre circulação de pessoas entre os países signatários.
Em uma declaração no Palácio de Matignon, a sede da chefia de governo, o socialista Cazeneuve também respondeu declarações do candidato conservador, François Fillon, a quem repreendeu por não ter conseguido avanços na luta antiterrorista quando foi premiê entre 2007 e 2012, durante a presidência de Nicolas Sarkozy.
A França, que realiza eleições presidenciais em dois dias, continua comovida pelo ataque de ontem à noite na avenida Champs-Elysées em Paris, no qual morreu um policial e cuja autoria foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
Cazeneuve, que já tinha dado explicações sobre o atentado ao término do Conselho de Defesa na manhã de hoje, voltou a responder várias críticas feitas por Le Pen e Fillon, que consideram que o governo não fez o suficiente para a luta contra o terrorismo.
"Este ataque é um drama e Le Pen tentou lamentavelmente tirar proveito eleitoral em detrimento da verdade", acusou o premiê francês, que rebateu, uma a uma, as investidas da candidata da extrema-direita.
O chefe de governo lembrou que 117 estrangeiros suspeitos de relação com terrorismo já foram expulsos do país e denunciou que Le Pen demonstrou "desconhecimento dos dispositivos terroristas" depois que a candidata afirmou que seria necessário expulsar os estrangeiros monitorados pelo serviço secreto por radicalismo, retirar a nacionalidade francesa dos que têm dupla nacionalidade e que aqueles que são apenas francesas fossem detidos sob a acusação de "adesão a uma ideologia do inimigo".
"(Le Pen) procura, como sempre faz após cada drama, aproveitar-se para instrumentalizar e dividir. Procura explodir, sem nenhuma vergonha, o medo e a emoção com fins exclusivamente políticos", comentou Cazeneuve sobre a candidata, que pediu hoje que as fronteiras nacionais fossem restauradas "imediatamente".
Cazeneuve também repreendeu Fillon, ao lembrar que o político conservador acabou com 13 mil postos nas forças de segurança quando dirigiu o governo.
O premiê francês destacou que foi durante os governos socialistas que as fronteiras externas da União Europeia foram reforçadas, em alusão às propostas do candidato conservador, que hoje pediu a uma renegociação do Tratado de Schengen, que prevê a abertura das fronteiras e a livre circulação de pessoas entre os países signatários.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.