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Agentes prendem 10 suspeitos de fornecer armas para ataque ao Charlie Hebdo

26/04/2017 05h45

Paris, 26 abr (EFE).- Cerca de dez pessoas foram presas desde a última segunda-feira na França e Bélgica, como suspeitos de fornecer armas aos terroristas que em janeiro de 2015 realizaram um atentato contra a revista "Charlie Hebdo" e um supermercado judeu e uma polícia.

As detenções começaram na última segunda e continuaram ontem e nesta manhã, afirmou um porta-voz da Promotoria de Paris à Agência Efe.

O porta-voz disse que a operação foi realizada por conta da investigação sobre as armas utilizadas no ataque ao "Charlie Hebdo", no dia 7 de janeiro de 2015.

Segundo a imprensa francesa, as pessoas presas entregaram armas para Amedy Coulibaly, o terrorista que um dia depois do atentado contra a revista, assassinou um policial em Montrouge, no sul de Paris.

No dia 9 de janeiro de 2015, quando a polícia cercava os dois autores do massacre do "Charlie Hebdo", Coulibaly sequestrou aos clientes e funcionários de um supermercado judeu, também na capital francesa, e assassinou quatro pessoas antes de ser morto pelos policiais.

As investigações sobre as armas de Coulibaly já tinham conduzido a Claude Hermant, um ex-mercenário conhecido por seus vínculos com a extrema direita que se encontra preso e que foi interrogado após novas descobertas, segundo o canal "BFMTV".

De acordo com os elementos do resumo, Hermant e sua esposa compraram de uma empresa eslovaca as quatro pistolas Tokarev e os dois fuzis Kalashnikov, que estavam com Coulibaly quando atacou o Hyper Cacher.

O ex-mercenário contou aos investigadores que em 2014 colaborava como informante da Gendarmaria de Lille, que lhe encomendaram que se infiltrasse nas redes de tráfego de armas.