Líder insurgente reaparece no Afeganistão após assinatura de acordo de paz
Nova Délhi, 28 abr (EFE).- Gulbuddin Hekmatyar, ex-primeiro-ministro, líder do segundo maior grupo insurgente afegão Hezb-e-Islamic (HIA) e conhecido como "o açougueiro de Cabul", reapareceu nesta sexta-feira no Afeganistão, sete meses depois da assinatura do histórico acordo de paz entre seu grupo e o governo do país asiático.
"O líder do HIA, Gulbuddin Hekmatyar, se reuniu com o governador da província de Laghman, no leste do país, Abdul Jabbar Naeemi, depois de chegar à província", onde o dirigente lhe transmitiu as "boas-vindas" de parte do presidente afegão, Ashraf Gani, informou o escritório do governo estadual em comunicado.
O governador de Laghman indicou que espera que a decisão de Hekmatyar de firmar um acordo de paz com o Executivo se converta em uma "inspiração" para que outros grupos envolvidos no conflito se unam ao processo de paz e assegurou que a opção do diálogo "estará aberta para todos aqueles de deixarem as armas".
Hekmatyar, um controverso senhor da guerra com vínculos com os talibãs e a Al Qaeda, "prometeu cooperar com o governo em diferentes matérias", acrescentou o governo estadual na nota.
Este é o primeiro aparecimento oficial em território afegão do ex-líder insurgente, que há anos estava em paradeiro desconhecido, até que, em setembro, firmou o acordo de paz por videoconferência e de uma localidade secreta.
O histórico acordo de paz assinado entre o Executivo afegão e o segundo maior grupo insurgente do país, que também possui laços importantes com os talibãs, foi louvado pelo governo do país, pelos Estados Unidos e pela missão da ONU no Afeganistão (UNAMA).
No entanto, também gerou rejeição em outros setores, pois Hekmatyar foi acusado de matar dezenas de milhares de cidadãos em Cabul durante a guerra civil na década de 1990.
O pacto incluiu uma anistia pelas ações do grupo insurgente nos últimos 14 anos, a repatriação "digna e sustentável" de suas famílias e a libertação de prisioneiros que não cometeram crimes.
O HIA, por sua vez, aceitou a atual Constituição afegã e concordou em desmobilizar todos os seus grupos armados, além de terem se comprometido a cortar todos os laços com grupos terroristas e extremistas.
Em fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU suspendeu as sanções de congelamento de ativos, proibição de viagem e embargo de armas contra Hekmatyar.
O acordo com o HIA é o único progresso que o governo afegão conseguiu em sua intenção de levar os atores do conflito armado no país à mesa de negociação e a um processo de paz que acabe com anos de conflito.
"O líder do HIA, Gulbuddin Hekmatyar, se reuniu com o governador da província de Laghman, no leste do país, Abdul Jabbar Naeemi, depois de chegar à província", onde o dirigente lhe transmitiu as "boas-vindas" de parte do presidente afegão, Ashraf Gani, informou o escritório do governo estadual em comunicado.
O governador de Laghman indicou que espera que a decisão de Hekmatyar de firmar um acordo de paz com o Executivo se converta em uma "inspiração" para que outros grupos envolvidos no conflito se unam ao processo de paz e assegurou que a opção do diálogo "estará aberta para todos aqueles de deixarem as armas".
Hekmatyar, um controverso senhor da guerra com vínculos com os talibãs e a Al Qaeda, "prometeu cooperar com o governo em diferentes matérias", acrescentou o governo estadual na nota.
Este é o primeiro aparecimento oficial em território afegão do ex-líder insurgente, que há anos estava em paradeiro desconhecido, até que, em setembro, firmou o acordo de paz por videoconferência e de uma localidade secreta.
O histórico acordo de paz assinado entre o Executivo afegão e o segundo maior grupo insurgente do país, que também possui laços importantes com os talibãs, foi louvado pelo governo do país, pelos Estados Unidos e pela missão da ONU no Afeganistão (UNAMA).
No entanto, também gerou rejeição em outros setores, pois Hekmatyar foi acusado de matar dezenas de milhares de cidadãos em Cabul durante a guerra civil na década de 1990.
O pacto incluiu uma anistia pelas ações do grupo insurgente nos últimos 14 anos, a repatriação "digna e sustentável" de suas famílias e a libertação de prisioneiros que não cometeram crimes.
O HIA, por sua vez, aceitou a atual Constituição afegã e concordou em desmobilizar todos os seus grupos armados, além de terem se comprometido a cortar todos os laços com grupos terroristas e extremistas.
Em fevereiro, o Conselho de Segurança da ONU suspendeu as sanções de congelamento de ativos, proibição de viagem e embargo de armas contra Hekmatyar.
O acordo com o HIA é o único progresso que o governo afegão conseguiu em sua intenção de levar os atores do conflito armado no país à mesa de negociação e a um processo de paz que acabe com anos de conflito.
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