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Poder eleitoral venezuelano marca pleitos regionais para 10 de dezembro

23/05/2017 22h56

Caracas, 23 mai (EFE).- O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela convocou nesta terça-feira eleições para governadores e conselhos regionais para o próximo dia 10 de dezembro, processo que estava pendente desde o final do ano passado e era exigido pela oposição.

"Decidimos convocar as eleições regionais para governadores, governadoras e aos conselhos legislativos regionais para 10 de dezembro de 2017", anunciou hoje a presidente do CNE, Tibisay Lucena, horas depois de o governante Nicolás Maduro entregar a esse poder as bases para convocar uma Constituinte.

Lucena indicou que se decidiu por esta data depois que quase finalizaram "o processo de validação das organizações com fins políticos", em que esse organismo vem trabalhando "nos últimos meses em cumprimento da sentença de outubro da sala constitucional" do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Além disso ressaltou que o CNE, que já tinha anunciado o cronograma eleitoral deste ano, se reunirá para aprovar o calendário para estas eleições e para escolher os 540 representantes da Constituinte impulsionada pelo presidente Nicolás Maduro em uma votação que esse organismo espera realizar em julho.

"Convoquei uma sessão para quinta-feira (...) para aprovar ambos cronogramas para a eleição da Assembleia Nacional Constituinte, trabalhando, como disse, para uma data para o final do mês de julho; e outro cronograma para a convocação da eleição regional para 10 de dezembro do 2017", explicou.

Segundo a presidente do CNE, "por esta via as forças políticas do país poderão mobilizar sua militância em função de suas opções eleitorais".

Em outubro do ano passado, o CNE anunciou que as eleições de governadores e prefeitos seriam realizadas no primeiro e no segundo semestre de 2017, respectivamente.

Dessa maneira, o poder eleitoral adiou em alguns meses as eleições regionais que, segundo mandato constitucional, deveriam ter acontecido no final de 2016, quando os governadores eleitos em dezembro de 2012 completaram quatro anos no poder.