Justiça ordena buscas em escritórios da Odebrecht na Argentina
Buenos Aires, 24 mai (EFE).- Um juiz argentino ordenou nesta quarta-feira o cumprimento de mandados de busca e apreensão nos escritórios da Odebrecht em Buenos Aires dentro da investigação de superfaturamento na contratação de obras públicas em 2008, confirmou à Agência Efe a construtora brasileira.
O magistrado federal Sebastián Casanello autorizou a operação depois que foi divulgado que a Polícia Federal descobriu que foram apagados 260 arquivos de um computador de um dos diretores da empresa que continham termos relacionados com o caso.
Nesta quarta-feira, a Odebrecht assegurou em uma nota enviada à Efe que no início de maio se apresentou perante a Justiça e se dispôs a colaborar "de forma ampla e definitiva" nas investigações.
Além disso, manifestou sua intenção de "reconquistar" a confiança da sociedade, após o estalo do escândalo de corrupção, por meio de uma atuação empresarial "íntegra, ética e transparente".
Casanello investiga supostas irregularidades e superfaturamentos na contratação de várias empresas por parte da estatal AySA, a maior companhia de serviços de distribuição de água e saneamento da Argentina, para a construção de uma usina potabilizadora em 2008.
No caso estão indiciados vários funcionários da empresa pública - como seu ex-titular, Carlos Ben - e representantes de empreiteiras, entre as quais se encontra a Odebrecht.
Há duas semanas, Casanello solicitou ao governo informação sobre possíveis registros de visitas oficiais de determinados empresários à Casa Rosada - sede do Executivo -, ao Ministério da Economia e à residência presidencial de Olivos, nos arredores de Buenos Aires.
O juiz realizou tal petição depois que o procurador do caso, Federico Delgado, lhe enviou um vídeo de 2013 que mostra brevemente como a então presidente, Cristina Kirchner (2007-2015), recebe representantes da construtora brasileira para uma reunião oficial.
Segundo declararam fontes judiciais à Efe, este suposto encontro não representa um fato delitivo em si e a ex-presidente também não está indiciada no caso, mas poderia tratar-se de "um indício a mais" da existência destas irregularidades.
A investigação começou no final do ano passado por causa de uma denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer pelo suposto pagamento de subornos da Odebrecht à AySA entre 2007 e 2014.
O Executivo de Mauricio Macri afirmou há alguns dias que considera que a procuradoria argentina não está sendo efetiva em suas investigações e que considera necessário esclarecer os supostos fatos de corrupção relacionados com a empresa brasileira, que conta com importantes contratos de obras no país.
Nesse sentido, o ministro da Justiça, Germán Garavano, se reuniu nesta terça-feira em Buenos Aires com os advogados da empresa para solicitar informação.
O magistrado federal Sebastián Casanello autorizou a operação depois que foi divulgado que a Polícia Federal descobriu que foram apagados 260 arquivos de um computador de um dos diretores da empresa que continham termos relacionados com o caso.
Nesta quarta-feira, a Odebrecht assegurou em uma nota enviada à Efe que no início de maio se apresentou perante a Justiça e se dispôs a colaborar "de forma ampla e definitiva" nas investigações.
Além disso, manifestou sua intenção de "reconquistar" a confiança da sociedade, após o estalo do escândalo de corrupção, por meio de uma atuação empresarial "íntegra, ética e transparente".
Casanello investiga supostas irregularidades e superfaturamentos na contratação de várias empresas por parte da estatal AySA, a maior companhia de serviços de distribuição de água e saneamento da Argentina, para a construção de uma usina potabilizadora em 2008.
No caso estão indiciados vários funcionários da empresa pública - como seu ex-titular, Carlos Ben - e representantes de empreiteiras, entre as quais se encontra a Odebrecht.
Há duas semanas, Casanello solicitou ao governo informação sobre possíveis registros de visitas oficiais de determinados empresários à Casa Rosada - sede do Executivo -, ao Ministério da Economia e à residência presidencial de Olivos, nos arredores de Buenos Aires.
O juiz realizou tal petição depois que o procurador do caso, Federico Delgado, lhe enviou um vídeo de 2013 que mostra brevemente como a então presidente, Cristina Kirchner (2007-2015), recebe representantes da construtora brasileira para uma reunião oficial.
Segundo declararam fontes judiciais à Efe, este suposto encontro não representa um fato delitivo em si e a ex-presidente também não está indiciada no caso, mas poderia tratar-se de "um indício a mais" da existência destas irregularidades.
A investigação começou no final do ano passado por causa de uma denúncia da deputada de centro-esquerda Margarita Stolbizer pelo suposto pagamento de subornos da Odebrecht à AySA entre 2007 e 2014.
O Executivo de Mauricio Macri afirmou há alguns dias que considera que a procuradoria argentina não está sendo efetiva em suas investigações e que considera necessário esclarecer os supostos fatos de corrupção relacionados com a empresa brasileira, que conta com importantes contratos de obras no país.
Nesse sentido, o ministro da Justiça, Germán Garavano, se reuniu nesta terça-feira em Buenos Aires com os advogados da empresa para solicitar informação.
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