Peru insiste em extradição de Toledo e espera atuação da Justiça dos EUA
Lima, 24 mai (EFE).- As autoridades do Peru ratificaram nesta quarta-feira o pedido de extradição do ex-presidente Alejandro Toledo e esclareceram que é preciso esperar os prazos estabelecidos pela Justiça dos Estados Unidos para que seja determinada sua eventual detenção.
"Há dois pedidos de prisão, um com código processual e outro com código de procedimentos... Esperemos que se acumulem ambos processos e, a partir disso, será preciso apresentar aos Estados Unidos a nova situação", afirmou a ministra da Justiça, María Soledad Pérez Tello, em entrevista ao jornal "Perú21".
Toledo participou na terça-feira de um fórum promovido pela World Development Foundation e pela missão do Suriname nas Nações Unidas, em Nova York, e hoje participou como palestrante no mesmo evento, o que gerou protestos do governo peruano e de representantes de partidos políticos.
Em função disso, o Ministério das Relações Exteriores do Peru enviou hoje uma nota de protesto à missão do Suriname na ONU por ter convidado Toledo, apesar de contar com uma ordem de captura internacional, acusado de ter recebido propinas da construtora Odebrecht.
O ex-governante tem duas ordens de prisão internacional, uma pelo caso Odebrecht e outra segunda expedida em abril, pela acusação de lavagem de dinheiro no caso Ecoteva, nome da empresa em nome de sua sogra, Eva Fernenbug, com a qual realizou milionárias compras imobiliárias no Peru após deixar a presidência.
A ministra acrescentou, a respeito, que é digno de "vergonha e indignação" o fato de um ex-presidente "fugir da justiça" e disse que Toledo "mostrou que não está à altura das circunstâncias".
"Acredito que ele deveria estar aqui, não deveria temer nada se acredita que não cometeu nenhum crime, mas acredito que é uma falta de respeito com o país o fato de um ex-presidente estar na lista dos mais procurados utilizando sua conta do Facebook para se defender", disse.
O ministro do Interior, Carlos Basombrío, também considerou hoje que a atitude de Toledo "é ofensiva para o país" e manifestou sua expectativa de que as solicitações judiciais apresentadas nos Estados Unidos sejam aceitas o mais rápido possível.
"Espero que o processo que os juízes e procuradores (peruanos) iniciaram nos Estados Unidos seja rápido, espero que a pessoa à qual a senhora se refere tenha que enfrentar a justiça como qualquer outro cidadão peruano. O que vimos ontem é bastante ofensivo para o país", declarou ela a jornalistas.
Basombrío reiterou que a captura de Toledo com fins de extradição "é um tema que depende exclusivamente dos mecanismos judiciais dos Estados Unidos".
Em fevereiro, um juiz expediu uma ordem de detenção preventiva por 18 meses contra Toledo, por supostamente receber uma propina de US$ 20 milhões para dar a concessão da estrada Interoceânica à Odebrecht em 2014.
As investigações dos pagamentos irregulares realizados pela Odebrecht no Peru se centram em investigar o rastro de US$ 29 milhões que a companhia brasileira admitiu à Justiça dos Estados Unidos ter pagado a funcionários peruanos entre 2005 e 2014.
Esse periodo abrange os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
"Há dois pedidos de prisão, um com código processual e outro com código de procedimentos... Esperemos que se acumulem ambos processos e, a partir disso, será preciso apresentar aos Estados Unidos a nova situação", afirmou a ministra da Justiça, María Soledad Pérez Tello, em entrevista ao jornal "Perú21".
Toledo participou na terça-feira de um fórum promovido pela World Development Foundation e pela missão do Suriname nas Nações Unidas, em Nova York, e hoje participou como palestrante no mesmo evento, o que gerou protestos do governo peruano e de representantes de partidos políticos.
Em função disso, o Ministério das Relações Exteriores do Peru enviou hoje uma nota de protesto à missão do Suriname na ONU por ter convidado Toledo, apesar de contar com uma ordem de captura internacional, acusado de ter recebido propinas da construtora Odebrecht.
O ex-governante tem duas ordens de prisão internacional, uma pelo caso Odebrecht e outra segunda expedida em abril, pela acusação de lavagem de dinheiro no caso Ecoteva, nome da empresa em nome de sua sogra, Eva Fernenbug, com a qual realizou milionárias compras imobiliárias no Peru após deixar a presidência.
A ministra acrescentou, a respeito, que é digno de "vergonha e indignação" o fato de um ex-presidente "fugir da justiça" e disse que Toledo "mostrou que não está à altura das circunstâncias".
"Acredito que ele deveria estar aqui, não deveria temer nada se acredita que não cometeu nenhum crime, mas acredito que é uma falta de respeito com o país o fato de um ex-presidente estar na lista dos mais procurados utilizando sua conta do Facebook para se defender", disse.
O ministro do Interior, Carlos Basombrío, também considerou hoje que a atitude de Toledo "é ofensiva para o país" e manifestou sua expectativa de que as solicitações judiciais apresentadas nos Estados Unidos sejam aceitas o mais rápido possível.
"Espero que o processo que os juízes e procuradores (peruanos) iniciaram nos Estados Unidos seja rápido, espero que a pessoa à qual a senhora se refere tenha que enfrentar a justiça como qualquer outro cidadão peruano. O que vimos ontem é bastante ofensivo para o país", declarou ela a jornalistas.
Basombrío reiterou que a captura de Toledo com fins de extradição "é um tema que depende exclusivamente dos mecanismos judiciais dos Estados Unidos".
Em fevereiro, um juiz expediu uma ordem de detenção preventiva por 18 meses contra Toledo, por supostamente receber uma propina de US$ 20 milhões para dar a concessão da estrada Interoceânica à Odebrecht em 2014.
As investigações dos pagamentos irregulares realizados pela Odebrecht no Peru se centram em investigar o rastro de US$ 29 milhões que a companhia brasileira admitiu à Justiça dos Estados Unidos ter pagado a funcionários peruanos entre 2005 e 2014.
Esse periodo abrange os mandatos presidenciais de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
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