Topo

FBI investiga genro de Trump por seus vínculos com o Kremlin

25/05/2017 21h13

Washington, 25 mai (EFE).- O FBI (polícia federal americana) direcionou seu foco para Jared Kushner, genro e assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em sua investigação pelos supostos nexos entre a campanha do magnata e o Kremlin, segundo informou nesta quinta-feira a imprensa americana.

Kushner, marido de Ivanka Trump, se reuniu durante a campanha e o período de transição com o embaixador russo em Washington, Serguei Kislyak, e com o banqueiro Serguei Gorkov, diretor-executivo do banco nacional russo Vnesheconombank e graduado na academia dos serviços secretos russos.

De acordo com as fontes anônimas citadas pelo jornal "The Washington Post", Kushner "está sendo investigado pelo grau e natureza de suas interações com os russos".

Segundo a emissora de televisão "NBC News", os investigadores do FBI acreditam que Kushner "tem informação significativa para sua investigação", o que não significa que o considerem suspeito de um crime.

O "Post" já havia informado na semana passada que um alto funcionário da Casa Branca próximo a Trump estava na mira do FBI, mas não citou Kushner naquele momento.

Um advogado de Kushner, Jamie Gorelick, disse ao jornal de Washington que seu cliente "já se ofereceu voluntariamente para compartilhar com o Congresso o que sabe sobre essas reuniões" e que "fará o mesmo se o contatarem em relação com qualquer outra investigação".

Gorelick fez assim referência ao acordo ao que Kushner chegou para testemunhar "voluntariamente" sobre seus contatos com os russos perante o Comitê de Inteligência do Senado, que investiga as supostas tentativas de Moscou de influenciar nas eleições presidenciais de novembro do ano passado.

A Casa Branca qualificou como "rotineiras" as reuniões que Kushner teve com Kislyak e Gorkov durante o período de transição, embora o genro de Trump também tenha se reunido com o embaixador russo em abril de 2016, durante a campanha eleitoral.

Kislyak teve, além disso, numerosos contatos com o general aposentado Michael Flynn, que também está no foco da investigação do FBI e que chegou à Casa Branca como assessor de segurança nacional, embora tenha renunciado após poucas semanas no cargo.