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Presidente do Egito promete luta contra Estado Islâmico dentro e fora do país

26/05/2017 16h58

Cairo, 26 mai (EFE).- O presidente do Egito, Abdul Fatah al Sisi, acusou nesta sexta-feira o grupo Estado Islâmico (EI) de ter cometido o ataque que matou 28 cristãos coptas e afirmou que o país "não hesitará em atacar campos de treinamento terroristas".

Em discurso transmitido pela televisão, o governante prometeu acabar com os jihadistas e garantiu que atacará posições e acampamentos onde os extremistas se refugiam tanto "em solo egípcio como estrangeiro".

Apesar de Sisi ter responsabilizado o EI pelo ataque, até o momento nenhum grupo assumiu a autoria do atentado a um ônibus que seguia para o mosteiro de São Samuel, na província de Minia, no sul do Egito.

"Esses ataques têm como objetivo acabar com o Egito porque o Daesh (acrônimo em árabe de EI) quer romper a união entre os egípcios", disse o presidente no discurso.

Os atentados, o terceiro contra a minoria copta nos últimos seis meses, são "claras mensagens dos terroristas para dizer aos cristãos que o governo do Egito não os protege", afirmou Sisi.

No discurso, além de expressar condolências às famílias dos mortos, o presidente do Egito alertou que o EI está "quase derrotado" na Síria. Por esse motivo, muitos combatentes estão entrando agora no país através do Sinai, base do Wilayat Sina, a filial egípcia do grupo.

Além disso, o presidente egípcio disse que muitos terroristas estão entrando no país pela fronteira com a Líbia.

Por fim, Sisi enviou uma mensagem para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que tem confiança na capacidade do republicano em lutar contra o terrorismo.

Acompanhado de outros 50 líderes de países de maioria muçulmana, Sisi se encontrou com Trump na semana passada em Riad, na Arábia Saudita, para lançar uma estratégia contra o extremismo e inaugurar um centro para lutar contra a ideologia dos terroristas.

Os cristãos coptas representam entre 10% e 12% da população egípcia. Minia conta com o maior número de fiéis da comunidade no país.