Segunda rodada de diálogo de paz em Mianmar termina com poucos acordos
Bangcoc, 29 mai (EFE).- O governo de Mianmar e algumas das guerrilhas de minorias étnicas do país terminaram nesta segunda-feira a segunda rodada de negociações, mas sem alcançar grandes acordos para retomar o processo de paz após décadas de conflito armado.
O diálogo foi promovido pela líder 'de facto' do governo, Aung San Suu Kyi, que propôs a paz como uma das suas prioridades ao assumir o cargo no ano passado, mas que acabou sendo precedido pelos piores combates dos últimos anos no nordeste do país.
No início da reunião de quinta-feira passada em Naypyidaw, Suu Kyi intimou os participantes a assinarem a trégua nacional - que já foi firmada por oito dos mais de 20 grupos armados do país - e a estabelecerem os princípios básicos de um estado federal aceitável por todos.
Para isso, a ganhadora do Nobel da Paz em 1991 apresentou 41 pontos de discussão sobre os quais foram feitos acordos em 33 relacionados com questões políticas, econômicas, sociais e de titularidade de terras.
Não obstante, as conversas entre governo, exército e grupos armados de minorias ficaram bloqueadas pela recusa das guerrilhas a assinarem um compromisso de renúncia à secessão.
O porta-voz da presidência, Zaw Htay, admitiu que a falta de acordo neste ponto representará um resultado "menos satisfatório" que o esperado inicialmente para a conferência.
"Sem o compromisso das organizações étnicas com a não secessão da União (de Mianmar), não podemos avançar na discussão de temas como a constituição dos respectivos estados, igualdade e autodeterminação", disse Zaw Htay, segundo o jornal local "The Global New Light of Myanmar".
As três partes concordaram em continuar com as conversas sobre secessão e autodeterminação em uma nova rodada cuja data ainda não foi marcada.
Uma maior autonomia é a reivindicação principal de quase todas as minorias étnicas, incluídos os chin, os kachin, os karen, os kokang, os kayah, os mon, os rakain, os shan e os wa, e que representam juntas mais do 30% dos 48 milhões de habitantes do país.
A segunda conferência de paz acontece após outra celebrada em agosto, da qual ficaram de fora as guerrilhas que enfrentam o exército perto da fronteira com a China.
Agora, esses grupos foram convidados como membros da chamada Aliança do Norte, promovida pelo Exército do Estado Wa Unido, a maior guerrilha do país, e que integra outros seis grupos armados.
Por outro lado, sete novas organizações reunidas no chamado Conselho da Federação de Nacionalidades Unidas, que estiveram na primeira reunião, se recusaram a participar desta segunda rodada pois rejeitaram que fossem considerados como observadores.
As conversas coincidiram com a divulgação de um vídeo, supostamente gravado em uma região onde o exército faz uma ofensiva contra as guerrilhas, em que aparece gente com uniforme militar agredindo repetidamente civis amarrados.
A organização de defesa dos direitos humanos Fortify Rights exigiu que o governo de Mianmar inicie uma investigação para esclarecer se os abusos foram cometidos por pessoal do exército.
O diálogo foi promovido pela líder 'de facto' do governo, Aung San Suu Kyi, que propôs a paz como uma das suas prioridades ao assumir o cargo no ano passado, mas que acabou sendo precedido pelos piores combates dos últimos anos no nordeste do país.
No início da reunião de quinta-feira passada em Naypyidaw, Suu Kyi intimou os participantes a assinarem a trégua nacional - que já foi firmada por oito dos mais de 20 grupos armados do país - e a estabelecerem os princípios básicos de um estado federal aceitável por todos.
Para isso, a ganhadora do Nobel da Paz em 1991 apresentou 41 pontos de discussão sobre os quais foram feitos acordos em 33 relacionados com questões políticas, econômicas, sociais e de titularidade de terras.
Não obstante, as conversas entre governo, exército e grupos armados de minorias ficaram bloqueadas pela recusa das guerrilhas a assinarem um compromisso de renúncia à secessão.
O porta-voz da presidência, Zaw Htay, admitiu que a falta de acordo neste ponto representará um resultado "menos satisfatório" que o esperado inicialmente para a conferência.
"Sem o compromisso das organizações étnicas com a não secessão da União (de Mianmar), não podemos avançar na discussão de temas como a constituição dos respectivos estados, igualdade e autodeterminação", disse Zaw Htay, segundo o jornal local "The Global New Light of Myanmar".
As três partes concordaram em continuar com as conversas sobre secessão e autodeterminação em uma nova rodada cuja data ainda não foi marcada.
Uma maior autonomia é a reivindicação principal de quase todas as minorias étnicas, incluídos os chin, os kachin, os karen, os kokang, os kayah, os mon, os rakain, os shan e os wa, e que representam juntas mais do 30% dos 48 milhões de habitantes do país.
A segunda conferência de paz acontece após outra celebrada em agosto, da qual ficaram de fora as guerrilhas que enfrentam o exército perto da fronteira com a China.
Agora, esses grupos foram convidados como membros da chamada Aliança do Norte, promovida pelo Exército do Estado Wa Unido, a maior guerrilha do país, e que integra outros seis grupos armados.
Por outro lado, sete novas organizações reunidas no chamado Conselho da Federação de Nacionalidades Unidas, que estiveram na primeira reunião, se recusaram a participar desta segunda rodada pois rejeitaram que fossem considerados como observadores.
As conversas coincidiram com a divulgação de um vídeo, supostamente gravado em uma região onde o exército faz uma ofensiva contra as guerrilhas, em que aparece gente com uniforme militar agredindo repetidamente civis amarrados.
A organização de defesa dos direitos humanos Fortify Rights exigiu que o governo de Mianmar inicie uma investigação para esclarecer se os abusos foram cometidos por pessoal do exército.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.