ONU considera positivo reinício de negociações para reunificação do Chipre
Crans-Montana (Suíça), 28 jun (EFE).- O secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, disse que o reinício nesta quarta-feira das negociações para a reunificação do Chipre foi muito positivo e confiou que greco-cipriotas e turco-cipriotas chegarão um acordo.
"O que escutei esta manhã me faz ter a esperança e a certeza de que os líderes (de ambas as comunidades) e os (países) fiadores vieram aqui com a determinação de superar este desafio e chegar a uma solução", declarou Feltman.
Nas negociações, patrocinadas pela ONU, participam os líderes Nikos Anastasiadis (greco-cipriota) e Mustafa Akinci (turco-cipriota), os ministros de Assuntos Exteriores da Turquia e da Grécia e um enviado especial do Reino Unido, pela sua condição de países fiadores da independência da ilha.
Feltman anunciou que o secretário-geral da ONU, António Guterres, chegará a Crans-Montana, na Suíça, para ajudar as partes a chegar a um acordo, após dois anos de negociações que tiveram como maior obstáculo o sistema de fiadores.
A última rodada de negociações fracassou em janeiro deste ano.
O enviado especial da ONU para o Chipre, Espen Barth Eide, também descreveu de forma muito otimista o reinício das reuniões, que começaram com uma troca de ideias em relação ao sistema de fiadores, que o governo grego e os greco-cipriotas desejam abolir.
A Turquia, que tem 35 mil soldados desdobrados na ilha, e os turco-cipriotas rechaçaram até agora tal possibilidade.
Os Tratados de 1960, que deram a independência ao Chipre do controle britânico, permitem aos três fiadores intervir militarmente na ilha para restabelecer a ordem constitucional.
A Turquia invadiu a parte norte do Chipre em 1974, ao ver ameaçada a minoria turco-cipriota após o golpe de Estado promovido pela junta de coronéis da Grécia.
Em 1983, foi proclamada a República Turca do Norte do Chipre, não reconhecida pela ONU.
As partes devem apresentar hoje mesmo na Suíça suas posições sobre o futuro do sistema de fiadores.
De maneira paralela, serão abertas as discussões sobre os outros temas da agenda: a questão territorial, os direitos de propriedade e a governabilidade junto com a divisão do poder.
Eide, que atua como mediador nestas negociações, reiterou que neste processo todos os temas são "interdependentes" e que as negociações paralelas serão "abertas e ativas".
"Esta é a única maneira de abordar todos os assuntos, já que todos os participantes asseguraram que estão aqui para tentar resolver este problema (da divisão do Chipre)", declarou.
O enviado da ONU também esclareceu que, ainda que os assuntos de segurança e garantias sejam os que representam o maior desafio, há outros temas pendentes.
"Há poucos, mas muito importantes assuntos, como a governabilidade, e um em relação ao território, enquanto há de ser fechado o acordo sobre propriedade", explicou.
"O que escutei esta manhã me faz ter a esperança e a certeza de que os líderes (de ambas as comunidades) e os (países) fiadores vieram aqui com a determinação de superar este desafio e chegar a uma solução", declarou Feltman.
Nas negociações, patrocinadas pela ONU, participam os líderes Nikos Anastasiadis (greco-cipriota) e Mustafa Akinci (turco-cipriota), os ministros de Assuntos Exteriores da Turquia e da Grécia e um enviado especial do Reino Unido, pela sua condição de países fiadores da independência da ilha.
Feltman anunciou que o secretário-geral da ONU, António Guterres, chegará a Crans-Montana, na Suíça, para ajudar as partes a chegar a um acordo, após dois anos de negociações que tiveram como maior obstáculo o sistema de fiadores.
A última rodada de negociações fracassou em janeiro deste ano.
O enviado especial da ONU para o Chipre, Espen Barth Eide, também descreveu de forma muito otimista o reinício das reuniões, que começaram com uma troca de ideias em relação ao sistema de fiadores, que o governo grego e os greco-cipriotas desejam abolir.
A Turquia, que tem 35 mil soldados desdobrados na ilha, e os turco-cipriotas rechaçaram até agora tal possibilidade.
Os Tratados de 1960, que deram a independência ao Chipre do controle britânico, permitem aos três fiadores intervir militarmente na ilha para restabelecer a ordem constitucional.
A Turquia invadiu a parte norte do Chipre em 1974, ao ver ameaçada a minoria turco-cipriota após o golpe de Estado promovido pela junta de coronéis da Grécia.
Em 1983, foi proclamada a República Turca do Norte do Chipre, não reconhecida pela ONU.
As partes devem apresentar hoje mesmo na Suíça suas posições sobre o futuro do sistema de fiadores.
De maneira paralela, serão abertas as discussões sobre os outros temas da agenda: a questão territorial, os direitos de propriedade e a governabilidade junto com a divisão do poder.
Eide, que atua como mediador nestas negociações, reiterou que neste processo todos os temas são "interdependentes" e que as negociações paralelas serão "abertas e ativas".
"Esta é a única maneira de abordar todos os assuntos, já que todos os participantes asseguraram que estão aqui para tentar resolver este problema (da divisão do Chipre)", declarou.
O enviado da ONU também esclareceu que, ainda que os assuntos de segurança e garantias sejam os que representam o maior desafio, há outros temas pendentes.
"Há poucos, mas muito importantes assuntos, como a governabilidade, e um em relação ao território, enquanto há de ser fechado o acordo sobre propriedade", explicou.
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