Ex-procuradora da Venezuela diz ter provas contra Maduro no caso Odebrecht
Brasília, 23 ago (EFE).- A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, que fugiu de Caracas após ser acusada de traição pelo governo, afirmou nesta quarta-feira que tem provas contra os principais líderes chavistas, incluindo o próprio presidente do país, Nicolás Maduro, na investigação sobre as propinas pagas pela construtora brasileira Odebrecht.
"Tenho provas no caso Odebrecht que comprometem Maduro, Diosdado Cabello, Jorge Rodríguez e outros", afirmou Ortega Díaz na cerimônia de abertura de uma reunião de procuradores-gerais dos países-membros e associados do Mercosul em Brasília.
A ex-procuradora atribuiu a perseguição que sofreu na Venezuela às investigações que vinha conduzindo sobre a corrupção da Odebrecht no país contra os líderes do chavismo.
"O mais grave é que tudo está relacionado com a corrupção. O que ocorre comigo é por uma série de denúncias que fiz", disse Ortega Díaz na abertura da XXII Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul, na qual ela foi chamada de "procuradora legítima" da Venezuela.
Segundo Ortega Díaz, a crise na Venezuela foi provocada pela corrupção e ameaça se expandir para toda região. Para ela, não há nenhuma garantia de justiça na região, já que o "regime de Maduro" quer impunidade nos casos de desvio ocorridos no país.
"Na Venezuela, o que ocorreu é a morte do direito. A estabilidade da região está em perigo. O que ocorre na Venezuela pode permear toda a região", afirmou a ex-procuradora do país.
"Temos que recuperar a democracia na Venezuela, sem termos autoridades vinculadas à corrupção", completou.
Ortega Díaz disse que, após ser destituída de forma ilegítima por investigar a corrupção na Venezuela, foi substituída por uma pessoa contra quem existem seis casos por corrupção.
"Fui afastada ilegitimamente do meu cargo e foi designada uma pessoa para ocupar as funções de procuradora-geral da República que tem seis casos de corrupção. A primeira coisa feita foi pedir o sobrestamento desses casos", disse.
Segundo Ortega Díaz, o novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, é acusado por desvios na petroleira estatal PDSVA. Ela alertou ao sucessor de que de nada adiantará arquivar os processos e esconder as provas, já que fez cópias certificadas dos documentos que o comprometeriam nesses casos.
A ex-procuradora-geral venezuelana chegou ao Brasil na madrugada desta quarta-feira, poucas horas depois de Maduro ter anunciado que pedirá que ela e seu marido, o deputado chavista Germán Ferrer, sejam presos.
A ex-procuradora-geral foi destituída do cargo em 5 de agosto pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), que a acusa de ter cometido "atos imorais".
O novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, acusou o marido de Ortega Díaz de ser parte de um esquema de extorsão que operava dentro do Ministério Público.
"Tenho provas no caso Odebrecht que comprometem Maduro, Diosdado Cabello, Jorge Rodríguez e outros", afirmou Ortega Díaz na cerimônia de abertura de uma reunião de procuradores-gerais dos países-membros e associados do Mercosul em Brasília.
A ex-procuradora atribuiu a perseguição que sofreu na Venezuela às investigações que vinha conduzindo sobre a corrupção da Odebrecht no país contra os líderes do chavismo.
"O mais grave é que tudo está relacionado com a corrupção. O que ocorre comigo é por uma série de denúncias que fiz", disse Ortega Díaz na abertura da XXII Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul, na qual ela foi chamada de "procuradora legítima" da Venezuela.
Segundo Ortega Díaz, a crise na Venezuela foi provocada pela corrupção e ameaça se expandir para toda região. Para ela, não há nenhuma garantia de justiça na região, já que o "regime de Maduro" quer impunidade nos casos de desvio ocorridos no país.
"Na Venezuela, o que ocorreu é a morte do direito. A estabilidade da região está em perigo. O que ocorre na Venezuela pode permear toda a região", afirmou a ex-procuradora do país.
"Temos que recuperar a democracia na Venezuela, sem termos autoridades vinculadas à corrupção", completou.
Ortega Díaz disse que, após ser destituída de forma ilegítima por investigar a corrupção na Venezuela, foi substituída por uma pessoa contra quem existem seis casos por corrupção.
"Fui afastada ilegitimamente do meu cargo e foi designada uma pessoa para ocupar as funções de procuradora-geral da República que tem seis casos de corrupção. A primeira coisa feita foi pedir o sobrestamento desses casos", disse.
Segundo Ortega Díaz, o novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, é acusado por desvios na petroleira estatal PDSVA. Ela alertou ao sucessor de que de nada adiantará arquivar os processos e esconder as provas, já que fez cópias certificadas dos documentos que o comprometeriam nesses casos.
A ex-procuradora-geral venezuelana chegou ao Brasil na madrugada desta quarta-feira, poucas horas depois de Maduro ter anunciado que pedirá que ela e seu marido, o deputado chavista Germán Ferrer, sejam presos.
A ex-procuradora-geral foi destituída do cargo em 5 de agosto pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), que a acusa de ter cometido "atos imorais".
O novo procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, acusou o marido de Ortega Díaz de ser parte de um esquema de extorsão que operava dentro do Ministério Público.
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