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Indra nega manipulação em contagem de votos nas primárias da Argentina

30/08/2017 20h00

Buenos Aires, 30 ago (EFE).- A empresa espanhola Indra, fornecedora do sistema informático utilizado nas eleições primárias realizadas em 13 de agosto na Argentina, negou nesta quarta-feira que tenha havido manipulações na recontagem de votos, tal como acusou a oposição kirchnerista.

A empresa disse em um comunicado que nem o sistema informático nem seus funcionários têm como manipular os resultados da eleição em cada mesa de votação.

Além disso, ressaltou que seu sistema é "totalmente transparente e conta com todas as ferramentas para que cada um dos partidos possa verificar os dados".

"A Indra não fez nenhum tipo de manipulação em nenhuma das eleições que participou, tanto na Argentina como no exterior", aponta o comunicado da empresa, que atuou em mais de 400 processos eleitorais no mundo todo.

A empresa fixou assim sua posição após a Justiça Eleitoral, a encarregada da contagem definitiva das eleições, informar que nas primárias a ex-presidente Cristina Kirchner foi a mais votada entre os candidatos ao Senado pela província de Buenos Aires, ao contrário da contagem provisória.

A recontagem definitiva determinou que Cristina, candidata pela força kirchnerista Unidade Cidadã, obteve 33,95% dos votos contra os 33,74% do ex-ministro da Educação Esteban Bullrich, do partido governista Mudemos.

Na contagem provisória, a cargo do Executivo e na qual foram computados 95,68% das mesas de votação, o resultado também tinha sido semelhante, mas com uma pequena vantagem para o Mudemos: 34,19% dos votos contra 34,11% da Unidade Cidadã.

Esse resultado foi fortemente questionado pelo kirchnerismo, que acusou o governo de manipular as eleições priorizando os distritos alinhados ao Mudemos e atrasando a contagem das mesas onde Cristina liderava a votação.

As primárias definem quais que candidatos poderão concorrer nas eleições legislativas do próximo dia 22 de outubro, que renovarão metade das bancadas da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. EFE

nk/cs