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Prédio que desabou por terremoto é centro das atenções de resgates no México

25/09/2017 22h29

Emilio C. Sánchez.

Cidade do México, 25 set (EFE).- Um edifício comercial que desabou devido ao violento terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter na última terça-feira na Cidade do México, deixando cerca de 40 pessoas soterradas, se transformou no centro das atenções das operações de resgate na capital mexicana.

As unidades de salvamento enviadas por Israel e Espanha junto com os serviços de proteção civil e voluntários mexicanos trabalham contra o relógio dia e noite sobre os escombros para tentar encontrar sobreviventes.

O número de mortos pelo terremoto do último dia 19 com epicentro no centro do México subiu hoje pata 324, sendo a capital do país a cidade com mais falecimentos na tragédia, com 186, informou o coordenador nacional de Proteção Civil, Luis Felipe Puente.

Levando em conta o número de soterrados no edifício localizado na avenida Álvaro Obregón, há o temor de que esse número chegue a 360, sem contar os 98 mortos no terremoto de 7 de setembro.

"A operação de resgate é enormemente difícil, porque o edifício de seis andares ruiu em questão de minutos", contou à Agência Efe o capitão Juan Carlos Peñas, chefe da Unidade Militar de Emergências (UME) do Exército espanhol.

Os 54 militares espanhóis coordenados por um diretor do serviço de emergências mexicano estão tentando abrir um túnel pela parte superior para chegar a dois pátios interiores do edifício e à escada para confirmar se há sobreviventes entre os escombros.

"Os militares espanhóis nos explicaram seu novo plano para chegar aos vazios da escada e ao pátio, onde pode haver sobreviventes", disse Karina Luna, irmã de um dos desaparecidos.

Os engenheiros escoraram o primeiro andar e tentam chegar tanto pela parte superior como inferior aos espaços onde possam estar sobreviventes neste edifício onde trabalhavam cerca de 60 pessoas.

Além das dificuldades pelo estado do prédio há o problema da putrefação dos corpos de vítimas - desde ontem à noite, os militares espanhóis trabalham com máscaras.

"Vamos continuar trabalhando sem descanso até que nos deem a ordem de terminar o resgate", explicou o capitão Peñas.

O prédio desabou em poucos minutos por causa do forte tremor. Aproximadamente 20 pessoas conseguiram escapar, como a espanhola Pilar, que estava no segundo andar.

Comovida pelo episódio, Pilar aguardava na área adjacente ao prédio, que foi disponibilizada pelas unidades de resgate, alguma notícia esperançosa de seu compatriota e amigo Jorge Gómez Varo, técnico em construção de 33 anos, mas não havia confirmação de que ele tenha sobrevivido.