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EUA estudam liberar que navios estrangeiros levem petróleo a Porto Rico

27/09/2017 13h42

Washington, 27 set (EFE).- O governo dos Estados Unidos está avaliando permitir que navios estrangeiros levem barris de petróleo para Porto Rico, para garantir fornecimento após a passagem do furacão Maria, informaram nesta quinta-feira funcionários do alto escalação do Departamento de Segurança.

As fontes, que preferiram permanecer sob anonimado, indicaram que há trabalho por parte do Departamento de Segurança Nacional do país (DHS, na sigla em inglês), para garantir resposta "o mais rápido possível" a ideia, embora seja "pouco provável" que qualquer definição seja tomada hoje.

Integrantes do Congresso enviaram na última segunda-feira uma carta a Elaine Duke, secretária do DHS, para pedir a suspensão da lei chamada de "Jones Act", que determina que apenas navios americanos, com tripulação de cidadãos dos Estados Unidos, podem transportar petróleo entre portos marítimos do país.

A interrupção na aplicação desta regulamentação permitiria a todas as embarcações, independente de bandeira, abastecer Porto Rico, estado livre associado aos EUA, de petróleo. A região está sem fornecimento de energia elétrico e também sem sistema de telecomunicações, após a passagem do furacão.

O pedido dos parlamentares, no entanto, não seguiu o caminho oficial, pois os únicos com poder de pedir ao Departamento de Segurança Nacional a suspensão da lei são o secretário de Defesa, James Mattis, e as agências federais.

Quando o titular da pasta da Defesa pede a suspensão do "Jones Act", o DHS a deixa de seguir de maneira automática, conforme explicaram as fontes. Em outros casos, o Departamento deve avaliar se há interesse nacional na medida, e se existe falta de navios americanos que possam fazer o transporte.

Recentemente, o governo dos Estados Unidos suspendeu a mesma lei por duas semanas, para permitir o abastecimento de petróleo no Golfo do México, após a passagem dos furacões Harvey e Irma, que provocaram inundações nos estados do Texas, Flórida e Louisiana.