ONU diz que sentença contra Mladic é "vitória transcendental" da Justiça
Genebra, 22 nov (EFE).- O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, o jordaniano Zeid Ra'ad al Hussein, qualificou nesta quarta-feira de "vitória transcendental" da Justiça a sentença do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) contra o ex-militar sérvio-bósnio Ratko Mladic por genocídio e crimes de guerra.
"Mladic é a personificação do diabo e o julgamento dele é o paradigma do que representa a Justiça internacional", afirmou em comunicado Zeid, que serviu na Força de Proteção da ONU na antiga Iugoslávia entre 1994 e 1996.
O TPII sentenciou Mladic à prisão perpétua como responsável por genocídio e crimes de guerra ao ter compartilhado a "intenção" e "o objetivo criminoso" de exterminar os muçulmanos durante a Guerra em Bósnia (1992-1995).
Mladic, disse Zeid, foi responsável por "alguns dos crimes mais obscuros ocorridos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e levou o terror, a morte e a destruição a milhares de vítimas, assim como a tristeza, a tragédia e o trauma a várias pessoas".
De acordo com o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, a condenação prova "a coragem e a determinação daquelas vítimas e daquelas testemunhas que nunca perderam a esperança de que veriam Mladic diante de um tribunal".
Zeid lembrou que, com a sentença de Mladic e a condenação a 40 anos de prisão imposta pelo TPII por crimes de guerra e contra a humanidade a Radovan Karadzic, "dois dos principais artífices de algumas das piores atrocidades na Bósnia-Herzegovina, inclusive o genocídio de muçulmanos bósnios em Srebrenica, foram condenados a penas de prisão longas".
O alto comissário, que pouco depois de ter vivido a guerra na antiga Iugoslávia desempenhou um papel fundamental para a criação do TPII, acrescentou que todos aqueles que questionam a importância deste tribunal "deveriam refletir" depois das condenações de Mladic e Karadzic.
"Todos aqueles que cometem graves crimes internacionais em tantas situações atualmente no mundo deveriam ter medo" após estas sentenças, afirmou Zeid.
Neste sentido, o jordaniano considerou o veredicto de hoje "uma advertência aos autores de tais crimes de que não poderão escapar da Justiça, independentemente de quão poderosos possam ser e de quanto tempo demore" para que sejam levados aos tribunais.
"Terão que prestar contas" perante a Justiça, enfatizou Zeid, que admitiu que a condenação de Mladic não devolverá às famílias seus entes queridos nem apagará o passado, mas expressou seu desejo de que o veredicto permita silenciar "aquelas vozes que ou negam estes terríveis crimes" cometidos durante a guerra de Bósnia "ou glorificam quem os cometeram".
"Mladic é a personificação do diabo e o julgamento dele é o paradigma do que representa a Justiça internacional", afirmou em comunicado Zeid, que serviu na Força de Proteção da ONU na antiga Iugoslávia entre 1994 e 1996.
O TPII sentenciou Mladic à prisão perpétua como responsável por genocídio e crimes de guerra ao ter compartilhado a "intenção" e "o objetivo criminoso" de exterminar os muçulmanos durante a Guerra em Bósnia (1992-1995).
Mladic, disse Zeid, foi responsável por "alguns dos crimes mais obscuros ocorridos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e levou o terror, a morte e a destruição a milhares de vítimas, assim como a tristeza, a tragédia e o trauma a várias pessoas".
De acordo com o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, a condenação prova "a coragem e a determinação daquelas vítimas e daquelas testemunhas que nunca perderam a esperança de que veriam Mladic diante de um tribunal".
Zeid lembrou que, com a sentença de Mladic e a condenação a 40 anos de prisão imposta pelo TPII por crimes de guerra e contra a humanidade a Radovan Karadzic, "dois dos principais artífices de algumas das piores atrocidades na Bósnia-Herzegovina, inclusive o genocídio de muçulmanos bósnios em Srebrenica, foram condenados a penas de prisão longas".
O alto comissário, que pouco depois de ter vivido a guerra na antiga Iugoslávia desempenhou um papel fundamental para a criação do TPII, acrescentou que todos aqueles que questionam a importância deste tribunal "deveriam refletir" depois das condenações de Mladic e Karadzic.
"Todos aqueles que cometem graves crimes internacionais em tantas situações atualmente no mundo deveriam ter medo" após estas sentenças, afirmou Zeid.
Neste sentido, o jordaniano considerou o veredicto de hoje "uma advertência aos autores de tais crimes de que não poderão escapar da Justiça, independentemente de quão poderosos possam ser e de quanto tempo demore" para que sejam levados aos tribunais.
"Terão que prestar contas" perante a Justiça, enfatizou Zeid, que admitiu que a condenação de Mladic não devolverá às famílias seus entes queridos nem apagará o passado, mas expressou seu desejo de que o veredicto permita silenciar "aquelas vozes que ou negam estes terríveis crimes" cometidos durante a guerra de Bósnia "ou glorificam quem os cometeram".
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