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Indonésia e Malásia registram protestos contra plano dos EUA para Jerusalém

08/12/2017 09h21

Jacarta, 8 dez (EFE).- Centenas de pessoas protestaram nesta sexta-feira na Indonésia e na Malásia contra a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, o que levou as legações diplomáticas americanas a emitir alertas de segurança em ambos países.

Na Indonésia, alguns manifestantes queimaram a bandeira americana em frente à embaixada em Jacarta onde se reuniram levando cartazes e bandeiras da Palestina.

"A Nahdlatul Ulama (NU) condena Estados Unidos e Israel por invadir a cidade de Jerusalém", afirmava um dos cartazes em Jacarta da NU, a maior organização independente muçulmana da Indonésia - o país com maior número de seguidores do islã.

O porta-voz da polícia de Jacarta, Argo Yuwono, estimou em declarações à Agência Efe que cerca de 500 pessoas se reuniram na capital sem que se registrassem distúrbios maiores.

Em Surabaya, a segunda maior cidade do país em número de habitantes, outros grupos se concentraram em frente ao consulado americano.

Na capital da Malásia, pelo menos mil pessoas gritaram palavras de ordem contra Trump e queimaram figuras e fotos do governante perto da embaixada dos EUA, segundo o jornal "Malasiakini".

O protesto em Kuala Lumpur contou com a participação de líderes e membros do partido governante Organização Nacional para a Unidade da Malásia (UMNO), grupos que representam a maioria de etnia malaia e religião muçulmana e ONGs islâmicas.

Como consequência dos protestos, as embaixadas americanas em ambos países pediram aos seus cidadãos que tomem precauções e "evitem áreas de manifestações".

Trump anunciou na quarta-feira o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu a transferência da embaixada de Tel Aviv pra esta cidade, após décadas de consenso internacional que condicionavam a decisão a um acordo de paz.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, condenaram na quinta-feira a decisão de Trump e lhe pediram que reconsidere sua postura.