Talibãs ameaçam Trump com mais violência após recusa dos EUA a dialogar
Cabul, 30 jan (EFE).- Os talibãs ameaçaram nesta terça-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com mais violência, depois que o governante norte-americano descartou ontem a possibilidade de dialogar com o grupo insurgente após os recentes ataques no Afeganistão.
"Trump e seus aliados favoráveis à guerra deveriam entender que cada ação tem uma reação e, se insistir na guerra, a nação muyahid não poderá recebê-lo com flores", afirmaram os talibãs em um comunicado enviado à Agência Efe.
Após a recusa americana ao diálogo, "a responsabilidade da guerra e o derramamento de sangue recairá agora sobre suas costas", sublinharam na nota os insurgentes, que até agora rechaçaram sistematicamente todas as chamadas ao diálogo do Governo afegão.
"Ainda que o nosso inimigo só insiste na guerra, acreditamos que a resistência imbatível e a paciência infinita de nossa nação fará com que os invasores aceitem a verdade e se sentem na mesa de negociação", assegurou o grupo liderado pelo mulá Haibatullah.
Apesar disso, os talibãs insistiram que o Afeganistão "tem uma longa tradição de vitórias contra os invasores arrogantes", por isso que a recusa de Trump a negociar ajudará a "multiplicar as perdas humanas e materiais dos militares (norte) americanos".
Trump afirmou ontem durante um almoço na Casa Branca com os embaixadores de países-membros do Conselho de Segurança da ONU que os Estados Unidos não querem "dialogar com os talibãs".
"Pode ser que haja um momento (para o diálogo), mas vai ser dentro de muito tempo", acrescentou Trump, após a morte no sábado de 103 pessoas em um atentado perpetrado pelos talibãs com uma ambulância em Cabul que deixou, além disso, mais de 200 feridos.
O Governo afegão impulsionou várias iniciativas de diálogo nos últimos três anos chamando os talibãs a participar de uma solução negociada no conflito que começou após a invasão do país por parte dos Estados Unidos em 2001.
Tanto o Processo de Cabul, um mecanismo lançado com o respaldo da ONU e da comunidade internacional após um atentado em maio do ano passado que deixou 150 mortos na capital afegã; como a iniciativa do Grupo a Quatro (G4) na qual participam Afeganistão, Paquistão, China e EUA, foram rejeitadas pelos talibãs.
Há algumas semanas, o Governo afegão revelou que iniciou um processo de aproximação com facções talibãs na Turquia visando iniciar um processo de paz, uma opção que de novo o principal grupo talibã, liderado por Haibatullah rechaçou.
Os talibãs fizeram um contato inicial com o Governo afegão no Paquistão em julho de 2015, mas o processo foi suspenso poucos dias depois perante a decisão do Governo afegão de anunciar então que o mulá Omar tinha morrido dois anos antes.
Esse anúncio levou a uma disputa interna entre os talibãs, que se dividiram em vários grupos internos chegando inclusive a enfrentar militarmente uns aos outros.
"Trump e seus aliados favoráveis à guerra deveriam entender que cada ação tem uma reação e, se insistir na guerra, a nação muyahid não poderá recebê-lo com flores", afirmaram os talibãs em um comunicado enviado à Agência Efe.
Após a recusa americana ao diálogo, "a responsabilidade da guerra e o derramamento de sangue recairá agora sobre suas costas", sublinharam na nota os insurgentes, que até agora rechaçaram sistematicamente todas as chamadas ao diálogo do Governo afegão.
"Ainda que o nosso inimigo só insiste na guerra, acreditamos que a resistência imbatível e a paciência infinita de nossa nação fará com que os invasores aceitem a verdade e se sentem na mesa de negociação", assegurou o grupo liderado pelo mulá Haibatullah.
Apesar disso, os talibãs insistiram que o Afeganistão "tem uma longa tradição de vitórias contra os invasores arrogantes", por isso que a recusa de Trump a negociar ajudará a "multiplicar as perdas humanas e materiais dos militares (norte) americanos".
Trump afirmou ontem durante um almoço na Casa Branca com os embaixadores de países-membros do Conselho de Segurança da ONU que os Estados Unidos não querem "dialogar com os talibãs".
"Pode ser que haja um momento (para o diálogo), mas vai ser dentro de muito tempo", acrescentou Trump, após a morte no sábado de 103 pessoas em um atentado perpetrado pelos talibãs com uma ambulância em Cabul que deixou, além disso, mais de 200 feridos.
O Governo afegão impulsionou várias iniciativas de diálogo nos últimos três anos chamando os talibãs a participar de uma solução negociada no conflito que começou após a invasão do país por parte dos Estados Unidos em 2001.
Tanto o Processo de Cabul, um mecanismo lançado com o respaldo da ONU e da comunidade internacional após um atentado em maio do ano passado que deixou 150 mortos na capital afegã; como a iniciativa do Grupo a Quatro (G4) na qual participam Afeganistão, Paquistão, China e EUA, foram rejeitadas pelos talibãs.
Há algumas semanas, o Governo afegão revelou que iniciou um processo de aproximação com facções talibãs na Turquia visando iniciar um processo de paz, uma opção que de novo o principal grupo talibã, liderado por Haibatullah rechaçou.
Os talibãs fizeram um contato inicial com o Governo afegão no Paquistão em julho de 2015, mas o processo foi suspenso poucos dias depois perante a decisão do Governo afegão de anunciar então que o mulá Omar tinha morrido dois anos antes.
Esse anúncio levou a uma disputa interna entre os talibãs, que se dividiram em vários grupos internos chegando inclusive a enfrentar militarmente uns aos outros.
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