Papa aceita renúncia do prefeito regional da Secretaria de Comunicação
Cidade do Vaticano, 21 mar (EFE).- O papa Francisco aceitou a renúncia do prefeito regional da Secretaria de Comunicação, Dario Edoardo Viganò, depois das polêmicas sobre o seu trabalho, informou o porta-voz do Vaticano, Greg Burke.
Viganò foi escolhido para coordenar a nova Secretária de Comunicação do Vaticano, uma das grandes reformas que o papa implementou para unir todos os veículos de comunicação que a Santa Sé tem. Segundo a nota do porta-voz, o secretário da organização, Lucio Adrián Ruiz, se encarregará das funções até a nomeação do novo prefeito regional.
Diante do peso dessa notícia, o Vaticano publicou a carta de Francisco aceitando, embora com pesar, o pedido de saída de Viganò. Nela, o pontífice pede que ele seja assessor "para dar a sua contribuição humana e profissional ao novo prefeito regional". No texto, Francisco também agradece o "grande empenho" ao longo dos anos, a "disponibilidade" e o fato de ter evidenciado que "a reforma da Igreja não é um problema".
A carta de Viganò ao papa também publicada. Ele admite que "nestes últimos dias aconteceram muitas polêmicas" sobre o seu serviço, que desestabilizam "o complexo e grande trabalho de reforma" ele realizava desde junho de 2014. Ele afirma que diante da possibilidade de isso "atrasar ou prejudicar" a reforma e por "amor" à Igreja e ao papa ele ficará como colaborador.
A demissão acontece depois da polêmica causada na semana passada por conta da publicação parcial de uma carta do papa emérito, Bento XVI, sobre a formação teológica de Francisco. A secretaria de Comunicação só publicou alguns parágrafos, acompanhados de uma foto que mostrava a primeira página da epístola - com a última parte desfocada -, enquanto a segunda estava coberta por livros.
Isto fez setores conservadores e parte da imprensa acusarem a Secretária de Comunicação de manipulação, censura e falta de ética. No sábado, o organismo decidiu publicar a carta inteira de Bento XVI e, em um dos trechos, ele dizia que não quis participar dos 11 volumes da "Teologia do Papa Francisco" porque naquele momento tinha outros compromissos e não teria forças físicas.
No texto, datado de 7 de fevereiro, Joseph Ratzinger também se dizia surpreso com a inclusão do teólogo e escritor alemão Peter Hunermann nos livros, que tem "liderado iniciativas antipapais". A Secretária de Comunicação disse que as omissões não aconteceram por censura, mas por discrição.
Dario Edoardo Viganò tem uma longa carreira no Vaticano e é responsável, entre outros, por criar o Centro Editorial Multimídia do Vaticano, que reúne diversos meios de comunicação da Santa Sé. EFE
ccg/cdr
Viganò foi escolhido para coordenar a nova Secretária de Comunicação do Vaticano, uma das grandes reformas que o papa implementou para unir todos os veículos de comunicação que a Santa Sé tem. Segundo a nota do porta-voz, o secretário da organização, Lucio Adrián Ruiz, se encarregará das funções até a nomeação do novo prefeito regional.
Diante do peso dessa notícia, o Vaticano publicou a carta de Francisco aceitando, embora com pesar, o pedido de saída de Viganò. Nela, o pontífice pede que ele seja assessor "para dar a sua contribuição humana e profissional ao novo prefeito regional". No texto, Francisco também agradece o "grande empenho" ao longo dos anos, a "disponibilidade" e o fato de ter evidenciado que "a reforma da Igreja não é um problema".
A carta de Viganò ao papa também publicada. Ele admite que "nestes últimos dias aconteceram muitas polêmicas" sobre o seu serviço, que desestabilizam "o complexo e grande trabalho de reforma" ele realizava desde junho de 2014. Ele afirma que diante da possibilidade de isso "atrasar ou prejudicar" a reforma e por "amor" à Igreja e ao papa ele ficará como colaborador.
A demissão acontece depois da polêmica causada na semana passada por conta da publicação parcial de uma carta do papa emérito, Bento XVI, sobre a formação teológica de Francisco. A secretaria de Comunicação só publicou alguns parágrafos, acompanhados de uma foto que mostrava a primeira página da epístola - com a última parte desfocada -, enquanto a segunda estava coberta por livros.
Isto fez setores conservadores e parte da imprensa acusarem a Secretária de Comunicação de manipulação, censura e falta de ética. No sábado, o organismo decidiu publicar a carta inteira de Bento XVI e, em um dos trechos, ele dizia que não quis participar dos 11 volumes da "Teologia do Papa Francisco" porque naquele momento tinha outros compromissos e não teria forças físicas.
No texto, datado de 7 de fevereiro, Joseph Ratzinger também se dizia surpreso com a inclusão do teólogo e escritor alemão Peter Hunermann nos livros, que tem "liderado iniciativas antipapais". A Secretária de Comunicação disse que as omissões não aconteceram por censura, mas por discrição.
Dario Edoardo Viganò tem uma longa carreira no Vaticano e é responsável, entre outros, por criar o Centro Editorial Multimídia do Vaticano, que reúne diversos meios de comunicação da Santa Sé. EFE
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