Milhares de húngaros protestam em Budapeste reivindicando democracia
Budapeste, 21 abr (EFE).- Dezenas de milhares de cidadãos da Hungria se manifestaram neste sábado na capital Budapeste contra o primeiro-ministro, Viktor Orbán, para reivindicar democracia e liberdade de imprensa.
"Somos maioria" foi a lema da marcha, organizada exatamente uma semana depois da primeira de uma série prometida pelos organizadores e que registrou grande participação.
A manifestação de hoje, também convocada através das redes sociais, partiu da praça Kossuth, onde fica o parlamento, e cruzou o centro da cidade até chegar à rua Szabadsajtó ('Imprensa livre'), aos pés da ponte Erzsébet.
Orbán obteve o seu terceiro mandato consecutivo por maioria absoluta em 8 de abril, após uma campanha protagonizada pelo suposto perigo que a imigração representava para a identidade húngara e que lhe rendeu uma maioria de dois terços no parlamento.
"Durante a transição, conquistamos a liberdade sem termos que lutar por ela. Esta geração precisava de uma bofetada. Espero que a maioria de dois terços que Orbán obteve despertará a sociedade e a fará entender que é preciso lutar pela liberdade e pela democracia, todos os dias", explicou ao site "HVG" um dos organizadores da passeata, Gergely Homonnay, dois dias antes da manifestação.
Por sua vez, o prefeito independente da cidade de Hódmezövásárhely, Péter Márki-Zay disse hoje aos manifestantes que "este regime não é uma democracia. Por isso, é importante a união, e também a cooperação de toda a oposição".
A diretora da ONG de defesa dos direitos civis Ökotárs, Veronika Móra, pediu o apoio do povo às Organizações Não Governamentais (ONGs) e acrescentou que, para o governo, "as pessoas que pensam são perigosas".
A manifestação contou com participação de simpatizantes de todos os partidos da oposição, desde a esquerda até a extrema-direita.
As primeiras declarações dos líderes do Fidesz, o partido governamental, mostraram que o novo governo de Orbán se aprofundará em suas políticas contrárias à imigração e ao magnata americano de origem húngara George Soros, inimigo político do primeiro-ministro.
Soros financiou organizações e projetos que fomentam os direitos humanos, a separação de poderes e a transparência.
A nova legislatura está prevista para iniciar nos primeiros dias de maio e, como primeira medida, Orbán prometeu a aprovação de novas restrições ao trabalho de ONGs no país.
Orbán e seu governo vêm sendo criticados tanto dentro como fora da Hungria desde 2010 por limitarem as liberdades civis no país centro-europeu, e seus embates com a União Europeia (UE) sobre os valores democráticos se tornaram constantes e generalizados.
"Somos maioria" foi a lema da marcha, organizada exatamente uma semana depois da primeira de uma série prometida pelos organizadores e que registrou grande participação.
A manifestação de hoje, também convocada através das redes sociais, partiu da praça Kossuth, onde fica o parlamento, e cruzou o centro da cidade até chegar à rua Szabadsajtó ('Imprensa livre'), aos pés da ponte Erzsébet.
Orbán obteve o seu terceiro mandato consecutivo por maioria absoluta em 8 de abril, após uma campanha protagonizada pelo suposto perigo que a imigração representava para a identidade húngara e que lhe rendeu uma maioria de dois terços no parlamento.
"Durante a transição, conquistamos a liberdade sem termos que lutar por ela. Esta geração precisava de uma bofetada. Espero que a maioria de dois terços que Orbán obteve despertará a sociedade e a fará entender que é preciso lutar pela liberdade e pela democracia, todos os dias", explicou ao site "HVG" um dos organizadores da passeata, Gergely Homonnay, dois dias antes da manifestação.
Por sua vez, o prefeito independente da cidade de Hódmezövásárhely, Péter Márki-Zay disse hoje aos manifestantes que "este regime não é uma democracia. Por isso, é importante a união, e também a cooperação de toda a oposição".
A diretora da ONG de defesa dos direitos civis Ökotárs, Veronika Móra, pediu o apoio do povo às Organizações Não Governamentais (ONGs) e acrescentou que, para o governo, "as pessoas que pensam são perigosas".
A manifestação contou com participação de simpatizantes de todos os partidos da oposição, desde a esquerda até a extrema-direita.
As primeiras declarações dos líderes do Fidesz, o partido governamental, mostraram que o novo governo de Orbán se aprofundará em suas políticas contrárias à imigração e ao magnata americano de origem húngara George Soros, inimigo político do primeiro-ministro.
Soros financiou organizações e projetos que fomentam os direitos humanos, a separação de poderes e a transparência.
A nova legislatura está prevista para iniciar nos primeiros dias de maio e, como primeira medida, Orbán prometeu a aprovação de novas restrições ao trabalho de ONGs no país.
Orbán e seu governo vêm sendo criticados tanto dentro como fora da Hungria desde 2010 por limitarem as liberdades civis no país centro-europeu, e seus embates com a União Europeia (UE) sobre os valores democráticos se tornaram constantes e generalizados.
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