Nicarágua tem 6º dia seguido de confrontos entre policiais e manifestantes
Manágua, 23 abr (EFE).- A Polícia da Nicarágua voltou a entrar em confronto com estudantes que protestam em Manágua contra a reforma da previdência aprovada pelo governo do país, o sexto dia de manifestações que já deixaram 27 mortos e centenas de feridos.
Ao longo da madrugada, vários incidentes foram registrados na Universidade Politécnica da Nicarágua, na capital do país. No interior, vários manifestantes permaneceram nas ruas durante a noite, mas não houve registro de violência.
Ontem, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, revogou a reforma da previdência que provocou as manifestações populares, mas a medida não acalmou os ânimos nos país. Um grande protesto convocado por empresários deve ser realizado na tarde de hoje.
Estudantes e representantes da oposição disseram no domingo que a previdência já não é mais o tema dos protestos.
"É a liberdade de expressão, a corrupção, e muitos outros", disse a presidente da Frente Ampla pela Democracia (FAD), Violeta Granera.
"Basta já! Estão atacando a Upoli. Há vários feridos e falam em mortos. Neste ambiente não pode haver diálogo. Que a repressão cesse já!", escreveu no Twitter o bispo Silvio Báez, uma das personalidades mais respeitadas da Nicarágua.
Os estudantes universitários foram os principais protagonistas dos maiores protestos contra Ortega nos 11 anos de governo, em meio a denúncias de autoritarismo por parte da oposição.
No discurso no qual anunciou a revogação da reforma da previdência, Ortega avisou que atuaria com a "firmeza correspondente" para evitar que "o caos, o crime e o saque se imponham". O presidente disse que tinha a lei e o apoio da maioria do país ao seu lado.
Enquanto Ortega acusa "pequenos grupos da oposição" de serem responsáveis pela desordem, incluindo o ataque que matou um jornalista, estudantes e manifestantes acusam a Polícia da Nicarágua de reprimir as manifestações com violência.
O presidente do Conselho Superior das Empresas Privadas (Cosep), José Adán Aguerri, desabafou nas redes sociais contra a pressão e a morte de manifestantes nos protestos contra o governo. A entidade agendou uma grande manifestação na capital para hoje.
Segundo números divulgados por ONGs, pelo menos 27 pessoas morreram desde o início dos protestos. A Cruz Vermelha da Nicarágua afirma que 428 ficaram feridos. O governo reconheceu na sexta-feira a morte de dez manifestantes. Desde então, não atualizou os dados.
O assessor legal do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Gonzalo Carrión, afirmou que é difícil determinar os números reais, já que não se sabe o destino de pessoas gravemente feridas ou dos presos ao longo dos protestos contra Ortega.
A maioria das pessoas trabalhou normalmente hoje, apesar de terem que passar por pontos de bloqueio erguidos por manifestantes que protestam pacificamente contra Ortega nas ruas. As aulas foram suspensas pelo governo por causa da crise.
Ao longo da madrugada, vários incidentes foram registrados na Universidade Politécnica da Nicarágua, na capital do país. No interior, vários manifestantes permaneceram nas ruas durante a noite, mas não houve registro de violência.
Ontem, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, revogou a reforma da previdência que provocou as manifestações populares, mas a medida não acalmou os ânimos nos país. Um grande protesto convocado por empresários deve ser realizado na tarde de hoje.
Estudantes e representantes da oposição disseram no domingo que a previdência já não é mais o tema dos protestos.
"É a liberdade de expressão, a corrupção, e muitos outros", disse a presidente da Frente Ampla pela Democracia (FAD), Violeta Granera.
"Basta já! Estão atacando a Upoli. Há vários feridos e falam em mortos. Neste ambiente não pode haver diálogo. Que a repressão cesse já!", escreveu no Twitter o bispo Silvio Báez, uma das personalidades mais respeitadas da Nicarágua.
Os estudantes universitários foram os principais protagonistas dos maiores protestos contra Ortega nos 11 anos de governo, em meio a denúncias de autoritarismo por parte da oposição.
No discurso no qual anunciou a revogação da reforma da previdência, Ortega avisou que atuaria com a "firmeza correspondente" para evitar que "o caos, o crime e o saque se imponham". O presidente disse que tinha a lei e o apoio da maioria do país ao seu lado.
Enquanto Ortega acusa "pequenos grupos da oposição" de serem responsáveis pela desordem, incluindo o ataque que matou um jornalista, estudantes e manifestantes acusam a Polícia da Nicarágua de reprimir as manifestações com violência.
O presidente do Conselho Superior das Empresas Privadas (Cosep), José Adán Aguerri, desabafou nas redes sociais contra a pressão e a morte de manifestantes nos protestos contra o governo. A entidade agendou uma grande manifestação na capital para hoje.
Segundo números divulgados por ONGs, pelo menos 27 pessoas morreram desde o início dos protestos. A Cruz Vermelha da Nicarágua afirma que 428 ficaram feridos. O governo reconheceu na sexta-feira a morte de dez manifestantes. Desde então, não atualizou os dados.
O assessor legal do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Gonzalo Carrión, afirmou que é difícil determinar os números reais, já que não se sabe o destino de pessoas gravemente feridas ou dos presos ao longo dos protestos contra Ortega.
A maioria das pessoas trabalhou normalmente hoje, apesar de terem que passar por pontos de bloqueio erguidos por manifestantes que protestam pacificamente contra Ortega nas ruas. As aulas foram suspensas pelo governo por causa da crise.
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