Diocese chilena suspende 14 sacerdotes por suposto envolvimento em abusos
Santiago (Chile), 22 mai (EFE).- A diocese da cidade chilena de Rancagua, vizinha a Santiago, anunciou nesta terça-feira a suspensão de 14 sacerdotes supostamente envolvidos em crimes de abuso sexual.
Em comunicado, a diocese informou a decisão depois da exibição de uma reportagem do "Canal13" do Chile sobre abusos sexuais e condutas impróprias por parte de um grupo de sacerdotes dessa cidade, situada 90 quilômetros ao sul de Santiago. Todos eles pertencem a uma confraria chamada "A Família", segundo a matéria.
"Foram restringidos do ministério sacerdotal 14 sacerdotes. O que significa que há conhecimento, fundamentalmente pelo exposto pelos veículos de imprensa, que estes sacerdotes incorreram em ações que podem constituir crimes tanto no âmbito civil como canônico", explicou o presbítero Marcelo Lorca no texto, falando em nome do bispo de Rancagua, Alejandro Goic.
Entre as determinações anunciadas foram adotadas "medidas tanto pastorais como judiciais". Lorca advertiu, no entanto, que ainda não há antecedentes para que as ações dos sacerdotes suspensos sejam caracterizadas como crimes do ponto de vista jurídico.
O presbítero Lorca explicou que foi feita uma denúncia à procuradoria de cidade Santa Cruz com o antecedente proporcionado pelo canal de televisão e que serão acrescentados todos os antecedentes que a diocese colocar à disposição da justiça.
Na reportagem, o sacerdote Luis Rubio, da cidade de Paredones, foi entrevistado por causa das imagens de forte conteúdo sexual que enviava a menores e que ele mesmo admitiu ao ser questionado.
Diante disso, a diocese de Rancagua detalhou hoje que desde o momento que se tomou conhecimento dessa denúncia, em 2013, este sacerdote não exerce nenhuma função na Igreja e que ele mesmo apresentou a renúncia ao diaconado, estando todos os seus antecedentes na Santa Sé.
Elisa Fernández, ex-coordenadora de pastoral juvenil, denunciou na reportagem que uma dúzia de presbíteros integram um grupo secreto autodenominado "A Família", que nos últimos anos presumivelmente cometeu abusos sexuais e condutas inadequadas contra menores de idade e jovens.
"Pedimos para quem tenha informação sobre fatos que não condizem com a fidelidade ao sacerdócio que os informe às respectivas instâncias da Igreja", diz o comunicado da diocese de Rancagua.
A decisão da diocese de Rancagua foi divulgada horas após o presidente da Conferência Episcopal, Santiago Silva, reiterar o seu pedido de perdão à população pelos casos de abusos sexuais cometidos por décadas pelo padre Fernando Karadima.
Os bispos chilenos foram convidados há alguns dias pelo papa Francisco ao Vaticano para discutir sobre o silêncio da Igreja Católica sul-americana em relação aos atos cometidos por Karadima, que também eram presumivelmente silenciados por alguns colegas, como o acusado bispo de Osorno, Juan Barros.
Nesta reunião, os 34 sacerdotes que foram a Roma reconheceram "graves erros e omissões" ao encarar essas situações, e decidiram colocar os seus cargos à disposição do papa Francisco, o que será avaliado durante as próximas semanas pelo pontífice.
O bispo de San Bernardo, Juan Ignacio González, explicou aos jornalistas que os sacerdotes que renunciaram continuam "em plenas funções", à espera da decisão do papa.
Em comunicado, a diocese informou a decisão depois da exibição de uma reportagem do "Canal13" do Chile sobre abusos sexuais e condutas impróprias por parte de um grupo de sacerdotes dessa cidade, situada 90 quilômetros ao sul de Santiago. Todos eles pertencem a uma confraria chamada "A Família", segundo a matéria.
"Foram restringidos do ministério sacerdotal 14 sacerdotes. O que significa que há conhecimento, fundamentalmente pelo exposto pelos veículos de imprensa, que estes sacerdotes incorreram em ações que podem constituir crimes tanto no âmbito civil como canônico", explicou o presbítero Marcelo Lorca no texto, falando em nome do bispo de Rancagua, Alejandro Goic.
Entre as determinações anunciadas foram adotadas "medidas tanto pastorais como judiciais". Lorca advertiu, no entanto, que ainda não há antecedentes para que as ações dos sacerdotes suspensos sejam caracterizadas como crimes do ponto de vista jurídico.
O presbítero Lorca explicou que foi feita uma denúncia à procuradoria de cidade Santa Cruz com o antecedente proporcionado pelo canal de televisão e que serão acrescentados todos os antecedentes que a diocese colocar à disposição da justiça.
Na reportagem, o sacerdote Luis Rubio, da cidade de Paredones, foi entrevistado por causa das imagens de forte conteúdo sexual que enviava a menores e que ele mesmo admitiu ao ser questionado.
Diante disso, a diocese de Rancagua detalhou hoje que desde o momento que se tomou conhecimento dessa denúncia, em 2013, este sacerdote não exerce nenhuma função na Igreja e que ele mesmo apresentou a renúncia ao diaconado, estando todos os seus antecedentes na Santa Sé.
Elisa Fernández, ex-coordenadora de pastoral juvenil, denunciou na reportagem que uma dúzia de presbíteros integram um grupo secreto autodenominado "A Família", que nos últimos anos presumivelmente cometeu abusos sexuais e condutas inadequadas contra menores de idade e jovens.
"Pedimos para quem tenha informação sobre fatos que não condizem com a fidelidade ao sacerdócio que os informe às respectivas instâncias da Igreja", diz o comunicado da diocese de Rancagua.
A decisão da diocese de Rancagua foi divulgada horas após o presidente da Conferência Episcopal, Santiago Silva, reiterar o seu pedido de perdão à população pelos casos de abusos sexuais cometidos por décadas pelo padre Fernando Karadima.
Os bispos chilenos foram convidados há alguns dias pelo papa Francisco ao Vaticano para discutir sobre o silêncio da Igreja Católica sul-americana em relação aos atos cometidos por Karadima, que também eram presumivelmente silenciados por alguns colegas, como o acusado bispo de Osorno, Juan Barros.
Nesta reunião, os 34 sacerdotes que foram a Roma reconheceram "graves erros e omissões" ao encarar essas situações, e decidiram colocar os seus cargos à disposição do papa Francisco, o que será avaliado durante as próximas semanas pelo pontífice.
O bispo de San Bernardo, Juan Ignacio González, explicou aos jornalistas que os sacerdotes que renunciaram continuam "em plenas funções", à espera da decisão do papa.
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