ONU fomentará criação de mecanismos para controle de armas químicas
Genebra, 24 mai (EFE).- A ONU impulsionará a criação de um novo mecanismo para identificar os países que utilizam armas químicas e promoverá o estabelecimento de um novo dispositivo para realizar investigações sobre o uso de armas biológicas, segundo anunciou nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres.
"As tensões da Guerra Fria voltaram em um mundo cada vez mais complexo. As relações globais são mais complicadas e imprevisíveis e, ao mesmo tempo, a natureza da guerra mudou", comentou o secretário-geral em uma conferência pública na Universidade de Genebra.
Guterres denunciou que a despesa militar mundial está crescendo e que só em 2017 chegou a US$ 1,7 trilhão, "o que representa 80 vezes o que é necessário para a ajuda humanitária global".
É por isso que o diplomata português considera urgente agir para promover o desarmamento mundial, "porque é uma ferramenta essencial para assegurar o nosso mundo e o nosso futuro".
A respeito da agenda pelo desarmamento, Guterres garantiu que está trabalhando com os Estados-membros do Conselho de Segurança "para conseguir que se respeite a proibição global sobre o uso de armas químicas", o que "deve incluir a criação de um novo mecanismo que identifique os que as usem".
"Não podemos permitir que continue a impunidade na Síria ou em qualquer outro lugar", afirmou o diplomata, após lembrar que desde 2014 a missão de investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) comprovou - ou quase - o uso deste tipo de armas no país árabe em 14 ocasiões.
Guterres também expressou incômodo pelo uso e desenvolvimento das armas biológicas, favorecido pelos avanços tecnológicos, e lamentou que não haja nenhuma organização que apoie s Convenção sobre Armas Biológicas.
Por essa razão, anunciou que "trabalhará" com os Estados-membros da ONU para "estabelecer um mecanismo permanente que faça investigações sobre o suposto uso destas armas".
O secretário-geral da ONU também defendeu a limitação do uso de armamento pesado em áreas urbanas "porque quando armas explosivas são usadas em áreas urbanas 90% das vítimas são civis", justificou. Anunciou ainda que apoiará o desenvolvimento de "limitações, padrões e políticas operacionais no uso dessas armas em áreas residenciais".
Na mesma linha, se referiu ao grave problema das armas leves e informou o lançamento de uma iniciativa para combater a circulação ilícita de armas leves e o comércio desses artefatos. Além disso, mencionou o tema do armamento nuclear e lamentou "que o mundo esteja retrocedendo".
Guterres lamentou que vários governos estejam modernizando e criando novos sistemas nucleares ao invés de desmantelá-los e que não haja negociações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia para a redução de armamento.
"Há cerca de 15 mil armas nucleares armazenadas no mundo. Centenas podem ser lançadas em minutos. Estamos a um erro mecânico, eletrônico ou humano de distância de uma catástrofe", criticou.
Por esse motivo, voltou a cobrar que os países nucleares cumpram os seus compromissos e se aprofundem no desarmamento.
"As tensões da Guerra Fria voltaram em um mundo cada vez mais complexo. As relações globais são mais complicadas e imprevisíveis e, ao mesmo tempo, a natureza da guerra mudou", comentou o secretário-geral em uma conferência pública na Universidade de Genebra.
Guterres denunciou que a despesa militar mundial está crescendo e que só em 2017 chegou a US$ 1,7 trilhão, "o que representa 80 vezes o que é necessário para a ajuda humanitária global".
É por isso que o diplomata português considera urgente agir para promover o desarmamento mundial, "porque é uma ferramenta essencial para assegurar o nosso mundo e o nosso futuro".
A respeito da agenda pelo desarmamento, Guterres garantiu que está trabalhando com os Estados-membros do Conselho de Segurança "para conseguir que se respeite a proibição global sobre o uso de armas químicas", o que "deve incluir a criação de um novo mecanismo que identifique os que as usem".
"Não podemos permitir que continue a impunidade na Síria ou em qualquer outro lugar", afirmou o diplomata, após lembrar que desde 2014 a missão de investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) comprovou - ou quase - o uso deste tipo de armas no país árabe em 14 ocasiões.
Guterres também expressou incômodo pelo uso e desenvolvimento das armas biológicas, favorecido pelos avanços tecnológicos, e lamentou que não haja nenhuma organização que apoie s Convenção sobre Armas Biológicas.
Por essa razão, anunciou que "trabalhará" com os Estados-membros da ONU para "estabelecer um mecanismo permanente que faça investigações sobre o suposto uso destas armas".
O secretário-geral da ONU também defendeu a limitação do uso de armamento pesado em áreas urbanas "porque quando armas explosivas são usadas em áreas urbanas 90% das vítimas são civis", justificou. Anunciou ainda que apoiará o desenvolvimento de "limitações, padrões e políticas operacionais no uso dessas armas em áreas residenciais".
Na mesma linha, se referiu ao grave problema das armas leves e informou o lançamento de uma iniciativa para combater a circulação ilícita de armas leves e o comércio desses artefatos. Além disso, mencionou o tema do armamento nuclear e lamentou "que o mundo esteja retrocedendo".
Guterres lamentou que vários governos estejam modernizando e criando novos sistemas nucleares ao invés de desmantelá-los e que não haja negociações bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia para a redução de armamento.
"Há cerca de 15 mil armas nucleares armazenadas no mundo. Centenas podem ser lançadas em minutos. Estamos a um erro mecânico, eletrônico ou humano de distância de uma catástrofe", criticou.
Por esse motivo, voltou a cobrar que os países nucleares cumpram os seus compromissos e se aprofundem no desarmamento.
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