Jornalista russo reaparece em Kiev após ser dado como morto em atentado
Kiev, 30 mai (EFE).- O jornalista russo Arkadi Babchenko, um dos principais críticos do presidente Vladimir Putin, dado como morto ontem, reapareceu nesta quarta-feira em entrevista coletiva em Kiev.
"Ainda estou vivo", disse ele após a notícia de que tinha sido baleado na noite de ontem, em casa, na Ucrânia.
Babchenko revelou que cooperou nos últimos dois meses com o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) em uma operação para evitar um atentado contra sua vida planejado pelo serviço secreto da Rússia.
O diretor do SBU, Vasyl Gritsak, disse que o assassino contratado para matar o jornalista foi preso e que Babchenko se ofereceu para participar da ação para neutralizar o ataque.
"Segundo dados do SBU, o assassinato de Babchenko foi contratado pelo serviço secreto russo. Entramos em contato com pessoas que tinham essa informação e elas nos ajudaram a evitar o ataque. O jornalista estava a par e tínhamos isso controlado", explicou.
Babchenko afirmou que o atentado contra ele deveria ocorrer na véspera da final da Liga dos Campeões, realizada em Kiev.
"Quando há uma semana se dizia na Rússia que o Estado Islâmico preparava atentados na véspera da Liga dos Campeões, pelo visto eles se referiam a mim", disse o jornalista.
O repórter se refugiou em Kiev no início do ano passado após receber ameaças contra ele e a família. Babchenko disse ter certeza que Putin está por trás do plano para matá-lo.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, parabenizou o SBU pela "brilhante operação" para proteger Babchenko e prometeu fornecer seguranças 24 horas por dia ao jornalista.
"Duvido que a Rússia se acalme", disse Poroshenko.
O SBU decidiu revelar a natureza da operação após deter um suspeito de ser responsável por organizar o assassinato de pelo menos 30 pessoas no território ucraniano.
O preso ofereceu US$ 30 mil para um conhecido para assassinar Babchenko e prometeu mais dinheiro para as demais mortes.
"A pessoa que planejou este crime falou sobre a necessidade de eliminar 30 pessoas no território da Ucrânia. Conhecemos os sobrenomes de algumas vítimas em potencial", afirmou Gristak.
A polícia da Ucrânia informou na noite de ontem que Babchenko tinha morrido no caminho do hospital após ser baleado em casa.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Vladimir Groisman, acusou a Rússia de estar por trás do crime, afirmando que a "máquina do totalitarismo" do Kremlin não perdoou a honestidade do jornalista.
Babchenko teve que deixar a Rússia no início de 2017 após receber ameaças de morte. Após passar alguns meses em Praga, na República Tcheca, o jornalista se instalou em Kiev.
Ex-militar, Babchenko se tornou correspondente de guerra para o jornal "Moskovski Komsomolets". Mais tarde, passou a escrever para o jornal opositor "Novaya Gazeta", criticando abertamente o governo de Putin.
"Ainda estou vivo", disse ele após a notícia de que tinha sido baleado na noite de ontem, em casa, na Ucrânia.
Babchenko revelou que cooperou nos últimos dois meses com o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) em uma operação para evitar um atentado contra sua vida planejado pelo serviço secreto da Rússia.
O diretor do SBU, Vasyl Gritsak, disse que o assassino contratado para matar o jornalista foi preso e que Babchenko se ofereceu para participar da ação para neutralizar o ataque.
"Segundo dados do SBU, o assassinato de Babchenko foi contratado pelo serviço secreto russo. Entramos em contato com pessoas que tinham essa informação e elas nos ajudaram a evitar o ataque. O jornalista estava a par e tínhamos isso controlado", explicou.
Babchenko afirmou que o atentado contra ele deveria ocorrer na véspera da final da Liga dos Campeões, realizada em Kiev.
"Quando há uma semana se dizia na Rússia que o Estado Islâmico preparava atentados na véspera da Liga dos Campeões, pelo visto eles se referiam a mim", disse o jornalista.
O repórter se refugiou em Kiev no início do ano passado após receber ameaças contra ele e a família. Babchenko disse ter certeza que Putin está por trás do plano para matá-lo.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, parabenizou o SBU pela "brilhante operação" para proteger Babchenko e prometeu fornecer seguranças 24 horas por dia ao jornalista.
"Duvido que a Rússia se acalme", disse Poroshenko.
O SBU decidiu revelar a natureza da operação após deter um suspeito de ser responsável por organizar o assassinato de pelo menos 30 pessoas no território ucraniano.
O preso ofereceu US$ 30 mil para um conhecido para assassinar Babchenko e prometeu mais dinheiro para as demais mortes.
"A pessoa que planejou este crime falou sobre a necessidade de eliminar 30 pessoas no território da Ucrânia. Conhecemos os sobrenomes de algumas vítimas em potencial", afirmou Gristak.
A polícia da Ucrânia informou na noite de ontem que Babchenko tinha morrido no caminho do hospital após ser baleado em casa.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Vladimir Groisman, acusou a Rússia de estar por trás do crime, afirmando que a "máquina do totalitarismo" do Kremlin não perdoou a honestidade do jornalista.
Babchenko teve que deixar a Rússia no início de 2017 após receber ameaças de morte. Após passar alguns meses em Praga, na República Tcheca, o jornalista se instalou em Kiev.
Ex-militar, Babchenko se tornou correspondente de guerra para o jornal "Moskovski Komsomolets". Mais tarde, passou a escrever para o jornal opositor "Novaya Gazeta", criticando abertamente o governo de Putin.
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