M5S e Liga reivindicam direito de governar na Itália ou novas eleições
Roma, 30 mai (EFE).- O líder do Movimento Cinco Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, e o da Liga (ex-Liga Norte), Matteo Salvini, reivindicaram nesta quarta-feira o seu direito de governar a Itália ou que, caso isso não aconteça, o chefe de Estado, Sergio Mattarella, convoque novas eleições gerais o mais rápido possível.
"Ou um governo político ou o voto", disse hoje o populista Di Maio em declarações aos veículos de imprensa.
Salvini também considerou que os dois grupos políticos devem dirigir o país, já que obtiveram juntos mais de 50% dos votos no pleito de 4 de março.
"Como Liga fizemos de tudo para formar um governo para este país. (...) Ou aprovam nosso programa e a equipe de governo que apresentamos, ou façam outro e vamos votar", afirmou Salvini em um ato organizado no município de Sarzana, perto de Pisa.
O M5S (antissistema) e a Liga (extrema-direita) negociavam nas últimas semanas um projeto político para a Itália, mas, no domingo, o chefe de Estado Sergio Mattarella impossibilitou esse governo ao vetar o eurocético Paolo Savona, de 81 anos, para o cargo de ministro da Economia, uma decisão que provocou grande divisão na opinião pública do país.
Na segunda-feira, Mattarella encarregou a formação do Executivo ao economista e ex-diretor do FMI Carlo Cottarelli. Desde então, Cottarelli vem preparando os últimos detalhes de sua lista de ministros.
O ex-diretor do FMI, no entanto, decidiu esperar, segundo os veículos de imprensa italianos, depois que Di Maio abriu a possibilidade de negociar novamente um governo com a Liga.
"Se quiserem, há um programa de governo com uma equipe preparada. Estávamos prontos para começar a trabalhar desde a semana passada, mas não nos permitiram", avaliou Salvini.
A porta-voz no Senado do partido Forza Italia, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, Anna Maria Bernini, se manifestou nessa mesma linha e disse que "ou se aprova um governo político ou uma nova votação".
O possível governo de Cottarelli teria poucas chances de obter confiança no parlamento, já que a maioria dos grupos disse que votará contra o mesmo ou se absterá.
Não obstante, quando aceitou a incumbência do presidente, Cottarelli disse que, se seu Executivo não obtivesse o apoio do parlamento, renunciaria e se manteria como chefe de governo interino até a realização de novas eleições.
A Itália está imersa em uma grave crise de governo e em um clima de incerteza que levou à Bolsa de Milão a sofrer perdas, mas hoje o pregão mantém uma tendência de alta.
O prêmio de risco, que mede o diferencial entre os títulos da dívida pública alemã com vencimento em dez anos e os papéis italianos no mesmo período, superou na terça-feira os 300 pontos básicos e hoje está girando em torno de 270.
"Ou um governo político ou o voto", disse hoje o populista Di Maio em declarações aos veículos de imprensa.
Salvini também considerou que os dois grupos políticos devem dirigir o país, já que obtiveram juntos mais de 50% dos votos no pleito de 4 de março.
"Como Liga fizemos de tudo para formar um governo para este país. (...) Ou aprovam nosso programa e a equipe de governo que apresentamos, ou façam outro e vamos votar", afirmou Salvini em um ato organizado no município de Sarzana, perto de Pisa.
O M5S (antissistema) e a Liga (extrema-direita) negociavam nas últimas semanas um projeto político para a Itália, mas, no domingo, o chefe de Estado Sergio Mattarella impossibilitou esse governo ao vetar o eurocético Paolo Savona, de 81 anos, para o cargo de ministro da Economia, uma decisão que provocou grande divisão na opinião pública do país.
Na segunda-feira, Mattarella encarregou a formação do Executivo ao economista e ex-diretor do FMI Carlo Cottarelli. Desde então, Cottarelli vem preparando os últimos detalhes de sua lista de ministros.
O ex-diretor do FMI, no entanto, decidiu esperar, segundo os veículos de imprensa italianos, depois que Di Maio abriu a possibilidade de negociar novamente um governo com a Liga.
"Se quiserem, há um programa de governo com uma equipe preparada. Estávamos prontos para começar a trabalhar desde a semana passada, mas não nos permitiram", avaliou Salvini.
A porta-voz no Senado do partido Forza Italia, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, Anna Maria Bernini, se manifestou nessa mesma linha e disse que "ou se aprova um governo político ou uma nova votação".
O possível governo de Cottarelli teria poucas chances de obter confiança no parlamento, já que a maioria dos grupos disse que votará contra o mesmo ou se absterá.
Não obstante, quando aceitou a incumbência do presidente, Cottarelli disse que, se seu Executivo não obtivesse o apoio do parlamento, renunciaria e se manteria como chefe de governo interino até a realização de novas eleições.
A Itália está imersa em uma grave crise de governo e em um clima de incerteza que levou à Bolsa de Milão a sofrer perdas, mas hoje o pregão mantém uma tendência de alta.
O prêmio de risco, que mede o diferencial entre os títulos da dívida pública alemã com vencimento em dez anos e os papéis italianos no mesmo período, superou na terça-feira os 300 pontos básicos e hoje está girando em torno de 270.
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