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Ataque de argelino abatido em Barcelona é considerado "atentado terrorista"

20/08/2018 09h45

Barcelona (Espanha), 20 ago (EFE).- A polícia regional catalã considera que o argelino abatido nesta segunda-feira tinha uma vontade "claramente homicida" ao se atirar sobre uma agente em uma delegacia de Cornellà de Llobregat (na província de Barcelona), e investiga o caso, por enquanto, como um "atentado terrorista".

Os fatos são "extremamente graves", já que o homem entrou nas dependências policiais armado com uma faca aos gritos de "Alá", com uma atitude "predeterminada" para agredir a agente e matá-la, disse o chefe da Delegacia Superior de Coordenação Central , Rafael Comes.

Nestas circunstâncias, a policial atirou com sua arma para repelir a agressão e salvar sua vida.

O agressor é um homem de 29 anos nascido na Argélia e vivia em Cornellà de Llobregat; contava com um documento oficial espanhol de identificação de estrangeiros em nome de Abdelouahab T., de quem não constam antecedentes criminais.

A polícia está revistando seu apartamento, situada a poucos metros da delegacia. O edifício onde residia foi isolado e os vizinhos evacuados diante da possibilidade que haver explosivos no interior.

Por enquanto, os investigadores não encontraram nenhum vínculo do agressor com os atentados jihadistas de Barcelona e Cambrils (província de Tarragona) cometidos há um ano, em 17 de agosto de 2017, quando 16 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas.

O ataque ocorreu às 5h52 (horário local, 0h52 em Brasília), quando o homem tocou o interfone da delegacia para que a policial a abrisse.

A agente, que não ficou ferida e está sendo atendida por psicólogos, só se lembra que o homem invocou "Alá" quando se atirou sobre ela, e disse que as outras palavras que pronunciou são "indescritíveis", segundo Comes.

Em um primeiro momento, uma juíza de Cornellà ordenou a apreensão da arma com a qual a policial se defendeu e para que seja feita uma perícia.

No entanto, será a Audiência Nacional espanhola a encarregada do caso por se tratar de um suposto caso de terrorismo.