CIDH eleva para 322 o número de mortos durante protestos na Nicarágua
Washington, 24 ago (EFE).- A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) elevou nesta sexta-feira o número de mortos na Nicarágua durante os protestos no país para 322, e afirmou que a maioria deles deriva da repressão oficial.
De acordo com um comunicado da instituição, das mais de três centenas de mortos como resultado da situação de crise que vive o país, 21 correspondem a policiais e outras 23 a crianças e adolescentes.
"A grande maioria das vítimas morreu como resultado da ação estatal ou de forças parapoliciais a serviço do Estado", explicou o organismo autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), que reivindicou "acesso à informação detalhada sobre todas as pessoas falecidas".
Os dados foram extraídos da oitava semana de trabalho no terreno do Mecanismo Especial de Acompanhamento para a Nicarágua (Meseni) e são divulgados depois de mais de quatro meses desde que começaram os distúrbios.
Por outra parte, o organismo defensor dos direitos humanos disse ter percebido "uma diminuição das ações violentas".
A CIDH também pôs o foco sobre a criminalização que o governo do presidente Daniel Ortega exerceu sobre as manifestações e sobre quem expressava seu descontentamento com seu Executivo nas ruas.
"A Comissão (...) adverte para a persistência da estigmatização e criminalização do protesto social sob acusações infundadas e desproporcionais", destacou a entidade, que assegurou que as autoridades locais realizaram um uso "generalizado" do crime de terrorismo neste marco.
Nesta linha, assinalou que "é urgente que o Estado relate as medidas adotadas para dar cumprimento às recomendações da CIDH dirigidas a assegurar a realização das autópsias de todas as pessoas assassinadas por agentes do Estado ou por grupos parapoliciais que atuaram" em virtude deste.
"O uso inadequado do sistema penal contra manifestantes, opositores, defensoras e defensores de direitos humanos constitui uma violação ao direito à integridade pessoal, à proteção judicial e às garantias judiciais", afirmou o comissário Francisco Eguiguren.
Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram em abril devido a fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que exige a renúncia do presidente, depois de 11 anos no poder, em meio a acusações de abuso e corrupção.
De acordo com um comunicado da instituição, das mais de três centenas de mortos como resultado da situação de crise que vive o país, 21 correspondem a policiais e outras 23 a crianças e adolescentes.
"A grande maioria das vítimas morreu como resultado da ação estatal ou de forças parapoliciais a serviço do Estado", explicou o organismo autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), que reivindicou "acesso à informação detalhada sobre todas as pessoas falecidas".
Os dados foram extraídos da oitava semana de trabalho no terreno do Mecanismo Especial de Acompanhamento para a Nicarágua (Meseni) e são divulgados depois de mais de quatro meses desde que começaram os distúrbios.
Por outra parte, o organismo defensor dos direitos humanos disse ter percebido "uma diminuição das ações violentas".
A CIDH também pôs o foco sobre a criminalização que o governo do presidente Daniel Ortega exerceu sobre as manifestações e sobre quem expressava seu descontentamento com seu Executivo nas ruas.
"A Comissão (...) adverte para a persistência da estigmatização e criminalização do protesto social sob acusações infundadas e desproporcionais", destacou a entidade, que assegurou que as autoridades locais realizaram um uso "generalizado" do crime de terrorismo neste marco.
Nesta linha, assinalou que "é urgente que o Estado relate as medidas adotadas para dar cumprimento às recomendações da CIDH dirigidas a assegurar a realização das autópsias de todas as pessoas assassinadas por agentes do Estado ou por grupos parapoliciais que atuaram" em virtude deste.
"O uso inadequado do sistema penal contra manifestantes, opositores, defensoras e defensores de direitos humanos constitui uma violação ao direito à integridade pessoal, à proteção judicial e às garantias judiciais", afirmou o comissário Francisco Eguiguren.
Os protestos contra Ortega e sua esposa, a vice-presidente Rosario Murillo, começaram em abril devido a fracassadas reformas da seguridade social e se transformaram em um movimento que exige a renúncia do presidente, depois de 11 anos no poder, em meio a acusações de abuso e corrupção.
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