Trump vetou comunicado da Casa Branca que qualificava McCain como "herói", diz jornal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou este fim de semana emitir um comunicado preparado pela Casa Branca que teria qualificado de "herói" o senador republicano John McCain, que morreu no sábado (25) e com o qual mantinha uma relação tensa, segundo informou neste domingo o jornal "The Washington Post".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, o chefe de gabinete, John Kelly, e outros funcionários da Ala Oeste defenderam emitir um comunicado oficial quando McCain morresse, que louvasse o serviço militar do senador e o chamasse de "herói", por causa do seu desempenho no Vietnã, onde foi prisioneiro de guerra.
Mas Trump rejeitou a versão final desse comunicado e disse que preferia reagir no Twitter, de acordo com o jornal, que cita funcionários e ex-funcionários da Casa Branca.
O presidente escreveu apenas um tuíte que não continha nenhum elogio à figura de McCain, e se limitava a expressar sua "mais profunda compaixão e respeito à família do senador".
Essa decisão rompe com o protocolo habitual dos presidentes dos EUA, que costumavam emitir comunicados destacando as conquistas e proezas de personalidades destacadas depois de sua morte, e sobretudo ilustra o grau de animosidade que Trump sente ainda por McCain.
As diferenças entre ambos companheiros de partido eram notórias desde a campanha eleitoral de Trump em 2015, quando minimizou o fato de que McCain tivesse sido prisioneiro de guerra durante cinco anos no Vietnã, e disse que preferia "as pessoas que não foram capturadas".
McCain, que morreu no sábado aos 81 anos no Arizona devido a um agressivo câncer cerebral, será enterrado no próximo domingo, dia 2 de setembro na Academia Naval de Annapolis (Maryland), depois do velório no Capitólio, uma honra reservada a muito poucos.
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