Senado dos EUA confirma Kavanaugh como novo integrante da Suprema Corte
O Senado dos Estados Unidos confirmou neste sábado (6) a nomeação de Brett Kavanaugh, indicado pelo presidente do país, Donald Trump, como novo integrante da Suprema Corte, após apertada votação, que teve placar de 50 a 48.
"Com 50 votos a favor e 48 contra, Brett Kavanaugh é confirmado para ser novo juiz da Suprema Corte", disse o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que presidiu a sessão no Senado.
Kavanaugh ocupará a vaga aberta após a aposentadoria de Anthony Kennedy. Apesar das acusações de assédio sexual e das dúvidas sobre o voto dos senadores moderados, o juiz acabou obtendo os votos necessários para ser confirmado no posto, conquistando o apoio dos republicanos Jeff Flake e Susan Collins, e do democrata Joe Machin.
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Apenas a republicana Lisa Murkowski se absteve da votação. Steve Daines, também correligionário de Trump, não compareceu à sessão porque sua filha se casaria em cerimônia no estado de Montana.
Antes da votação, Pence teve que pedir silêncio no plenário porque dezenas de pessoas começaram a gritar palavras de ordem contra Kavanaugh.
A votação de hoje foi o último passo de um processo que começou no último dia 9 de julho, quando Trump indicou Kavanaugh para a vaga aberta com a aposentadoria de Kennedy.
As audiências para avaliar a nomeação no Comitê de Justiça do Senado começaram no dia 4 de setembro. Enquanto os democratas questionavam o juiz sobre as posturas adotadas por ele em temas como o aborto e o poder presidencial, denúncias sobre o comportamento sexual de Kavanaugh começaram a surgir, causando grande polêmica.
A primeira a denunciar o juiz foi a professora Christine Blasey Ford, que chegou a depor no Comitê de Justiça do Senado para explicar a denúncia do abuso, que teria ocorrido em 1982.
Outras duas mulheres fizeram acusações similares contra Kavanaugh, o que fez com que os senadores pressionassem Trump para que o FBI investigasse o caso e publicasse um relatório confidencial sobre com conclusões sobre as denúncias na quinta-feira.
Trump saiu em defesa de seu indicado e afirmou que as denúncias eram um esforço coordenado pelos democratas para impedir a nomeação de Kavanaugh para a Suprema Corte.
Pouco antes da votação, o presidente americano afirmou que Kavanaugh é um "homem muito bom" e que seria um "grande juiz da Suprema Corte".
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