Argentina quer deportar estrangeiros que provocaram distúrbios no Congresso
Buenos Aires, 25 out (EFE).- O ministro de Interior da Argentina, Rogelio Frigerio, afirmou nesta quinta-feira que trabalha com a Justiça para a realização de um julgamento rápido para dois venezuelanos, um turco e um paraguaio que participaram de confrontos com a polícia ontem, nas imediações do Congresso, e que devem ser "expulsos o mais rápido possível" do país.
"Sobre os estrangeiros envolvidos nos atos de violência de ontem, já estamos em contato com o juiz e com o promotor para viabilizar um julgamento ágil e que eles possam ser expulsos o mais rápido possível", disse Frigerio em entrevista coletiva.
Ontem, manifestantes atacaram policiais nos arredores do Palácio do Congresso, enquanto os deputados debatiam o projeto de orçamento nacional do governo para 2019. Com a praça do Congresso cercada por um forte esquema de segurança, os confrontos se expandiram por ruas próximas e começaram quando um grupo passou a jogar pedras na direção dos agentes, que responderam com balas de borracha, jatos d'água e gás lacrimogêneo.
A operação policial terminou com saldo de 26 pessoas presas, várias feridas e muitos itens de mobiliário urbano destruídos. Todos os detidos foram liberados à noite, conforme informaram à Agência Efe fontes do Ministério Público envolvidas na investigação e que revelaram a nacionalidade dos estrangeiros.
"Não sabemos quem responde por esses grupos violentos que claramente tentaram pôr em risco o exercício da democracia", afirmou Frigerio.
Já a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, negou no mesmo ato que a Argentina tenha informações de que o governo de Nicolás Maduro tenha algo a ver com a atuação de seus compatriotas nos confrontos.
"Não temos informações sobre se os venezuelanos pertencem a um serviço de inteligência. Circulou na imprensa, mas não temos a confirmação disso", sentenciou.
Em janeiro de 2017, o governo de Mauricio Macri assinou um polêmico decreto endurecendo a política argentina de imigração para evitar a entrada de estrangeiros que tenham cometido crimes graves e acelerar o processo de deportação dos que realizarem atos criminosos no país. Questionado a respeito, Frigerio destacou que "houve mais deportações este último ano do que nos últimos dez".
A ministra da Segurança afirmou que "está claro que as ações violentas foram produzidas por membros de diferentes grupos", que estavam "com uma quantidade imensa de armas caseiras para atacar o Parlamento".
"Gostaria que os deputados repudiassem a violência. É isso que esperamos de qualquer democrata", acrescentou, a respeito de alguns legisladores que, durante a sessão, foram especialmente críticos em relação à atuação da polícia e, inclusive, pediram a suspensão do debate durante o que chamaram de ação de "repressão". Além disso, alguns deputados opositores disseram que foram agredidos por policiais quando saíram do Congresso.
Após uma sessão de 18 horas, a Câmara aprovou o projeto de orçamento e o enviou para apreciação no Senado.
"Sobre os estrangeiros envolvidos nos atos de violência de ontem, já estamos em contato com o juiz e com o promotor para viabilizar um julgamento ágil e que eles possam ser expulsos o mais rápido possível", disse Frigerio em entrevista coletiva.
Ontem, manifestantes atacaram policiais nos arredores do Palácio do Congresso, enquanto os deputados debatiam o projeto de orçamento nacional do governo para 2019. Com a praça do Congresso cercada por um forte esquema de segurança, os confrontos se expandiram por ruas próximas e começaram quando um grupo passou a jogar pedras na direção dos agentes, que responderam com balas de borracha, jatos d'água e gás lacrimogêneo.
A operação policial terminou com saldo de 26 pessoas presas, várias feridas e muitos itens de mobiliário urbano destruídos. Todos os detidos foram liberados à noite, conforme informaram à Agência Efe fontes do Ministério Público envolvidas na investigação e que revelaram a nacionalidade dos estrangeiros.
"Não sabemos quem responde por esses grupos violentos que claramente tentaram pôr em risco o exercício da democracia", afirmou Frigerio.
Já a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, negou no mesmo ato que a Argentina tenha informações de que o governo de Nicolás Maduro tenha algo a ver com a atuação de seus compatriotas nos confrontos.
"Não temos informações sobre se os venezuelanos pertencem a um serviço de inteligência. Circulou na imprensa, mas não temos a confirmação disso", sentenciou.
Em janeiro de 2017, o governo de Mauricio Macri assinou um polêmico decreto endurecendo a política argentina de imigração para evitar a entrada de estrangeiros que tenham cometido crimes graves e acelerar o processo de deportação dos que realizarem atos criminosos no país. Questionado a respeito, Frigerio destacou que "houve mais deportações este último ano do que nos últimos dez".
A ministra da Segurança afirmou que "está claro que as ações violentas foram produzidas por membros de diferentes grupos", que estavam "com uma quantidade imensa de armas caseiras para atacar o Parlamento".
"Gostaria que os deputados repudiassem a violência. É isso que esperamos de qualquer democrata", acrescentou, a respeito de alguns legisladores que, durante a sessão, foram especialmente críticos em relação à atuação da polícia e, inclusive, pediram a suspensão do debate durante o que chamaram de ação de "repressão". Além disso, alguns deputados opositores disseram que foram agredidos por policiais quando saíram do Congresso.
Após uma sessão de 18 horas, a Câmara aprovou o projeto de orçamento e o enviou para apreciação no Senado.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.