Ex-secretário do Tesouro da Venezuela é condenado a 10 anos de prisão nos EUA
Miami, 27 nov (EFE).- Secretário de Tesouro da Venezuela durante parte do governo do presidente Hugo Chávez, Alejandro Andrade foi condenado nesta terça-feira a dez anos de prisão pela Justiça dos Estados Unidos pelo envolvimento em um caso bilionário de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas.
Andrade tinha se declarado culpado no ano passado de conspirar para realizar lavagem de dinheiro, como parte de um acordo judicial no qual revelou ter recebido US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,9 bilhões) em propinas para facilitar a venda de dólares a preços baixos.
A sentença foi decretada pelo juiz distrital Robin L. Rosenberg. Andrade, que vive no sul da Flórida, foi secretário de Tesouro da Venezuela entre 2007 e 2010, durante o governo de Chávez.
O ex-secretário era ligado ao presidente da emissora venezuelana "Globovisión", Raúl Gorrín, considerado foragido pela Justiça americana, e a Gabriel Arturo Jiménez Aray, ex-proprietário do Banco Peravia, da República Dominicana.
Gorrín responde por nove acusações de lavagem de dinheiro, uma por conspirar para violar a Lei de Práticas Corruptas no Estrangeiro (LCPA) e outra também por conspiração para lavar dinheiro. Já Jiménez Aray, assim como Andrade, se declarou culpado à Justiça dos EUA pelo conspiração para cometer lavagem de dinheiro.
A acusação contra os três foi apresentada no 16 de agosto de 2017, mas tinha permanecido sob sigilo até a última terça-feira.
Quando admitiu ser culpado em dezembro de 2017, Andrade revelou que recebeu mais de US$ 1 bilhão de Gorrín e outros envolvidos no esquema para facilitar a venda de dólares a preços baixos.
Como parte do acordo, Andrade aceitou que a Justiça dos EUA confiscasse o dinheiro recebido por ele como propina e outros bens, como imóveis, veículos, cavalos, relógios e aviões.
Jiménez Aray declarou em março que conspirou com Gorrín e outras pessoas para adquirir o Banco Peravia. A instituição financeira era usada para lavar o dinheiro da propina e os valores obtidos com o esquema de compra de dólares a preços mais baixos.
Na semana passada, o procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, informou que abriu uma investigação contra o ex-secretário de Tesourou por "venda irregular de bônus da nação" aos bancos privados. O governo do país também enviou um pedido de prisão com alerta vermelho à Interpol.
Saab disse que espera a extradição de Andrade ao país. Segundo o procurador-geral, bens e contas do ex-secretário do Tesouro foram confiscados e congelados no país.
O presidente da Comissão de Controladoria do Parlamento da Venezuela, Freddy Superlano, disse à Agência Efe que o desfalque sofrido pelo país desde 2003 devido à política de controle cambial supera os US$ 400 bilhões, número quase 46 vezes superior às atuais reservas internacionais do governo.
Andrade tinha se declarado culpado no ano passado de conspirar para realizar lavagem de dinheiro, como parte de um acordo judicial no qual revelou ter recebido US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,9 bilhões) em propinas para facilitar a venda de dólares a preços baixos.
A sentença foi decretada pelo juiz distrital Robin L. Rosenberg. Andrade, que vive no sul da Flórida, foi secretário de Tesouro da Venezuela entre 2007 e 2010, durante o governo de Chávez.
O ex-secretário era ligado ao presidente da emissora venezuelana "Globovisión", Raúl Gorrín, considerado foragido pela Justiça americana, e a Gabriel Arturo Jiménez Aray, ex-proprietário do Banco Peravia, da República Dominicana.
Gorrín responde por nove acusações de lavagem de dinheiro, uma por conspirar para violar a Lei de Práticas Corruptas no Estrangeiro (LCPA) e outra também por conspiração para lavar dinheiro. Já Jiménez Aray, assim como Andrade, se declarou culpado à Justiça dos EUA pelo conspiração para cometer lavagem de dinheiro.
A acusação contra os três foi apresentada no 16 de agosto de 2017, mas tinha permanecido sob sigilo até a última terça-feira.
Quando admitiu ser culpado em dezembro de 2017, Andrade revelou que recebeu mais de US$ 1 bilhão de Gorrín e outros envolvidos no esquema para facilitar a venda de dólares a preços baixos.
Como parte do acordo, Andrade aceitou que a Justiça dos EUA confiscasse o dinheiro recebido por ele como propina e outros bens, como imóveis, veículos, cavalos, relógios e aviões.
Jiménez Aray declarou em março que conspirou com Gorrín e outras pessoas para adquirir o Banco Peravia. A instituição financeira era usada para lavar o dinheiro da propina e os valores obtidos com o esquema de compra de dólares a preços mais baixos.
Na semana passada, o procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, informou que abriu uma investigação contra o ex-secretário de Tesourou por "venda irregular de bônus da nação" aos bancos privados. O governo do país também enviou um pedido de prisão com alerta vermelho à Interpol.
Saab disse que espera a extradição de Andrade ao país. Segundo o procurador-geral, bens e contas do ex-secretário do Tesouro foram confiscados e congelados no país.
O presidente da Comissão de Controladoria do Parlamento da Venezuela, Freddy Superlano, disse à Agência Efe que o desfalque sofrido pelo país desde 2003 devido à política de controle cambial supera os US$ 400 bilhões, número quase 46 vezes superior às atuais reservas internacionais do governo.
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