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Polícia de Israel impede casamento judeu ultra-ortodoxo de menina de 13 anos

30/11/2018 10h09

Jerusalém, 30 nov (EFE).- Agentes da polícia de Jerusalém impediram a realização de um casamento ilegal ontem à noite no bairro ultra-ortodoxo de Mea Shearim, no qual a noiva era uma menina de 13 anos que tinha sido declarada desaparecida.

"Depois de ter coletado informações sobre um casamento ilegal que iria acontecer em um terraço", os agentes apreenderam quatro menores, entre eles menina de 13 anos, e detiveram três adultas, a mãe da noiva e outras duas mulheres, informou a polícia em comunicado.

O pai da menor tinha denunciado há dois meses o desaparecimento da menina e esta tinha sido retida por sua mãe, segundo a nota da polícia, que continua as investigações sobre o caso.

Os casamentos com menores não são um fato isolado em Israel, tanto nas comunidades ultra-ortodoxas judias como nas árabes israelenses.

A última versão da lei contra casamentos de menores de idade foi aprovada pelo parlamento de Israel em 2012 e elevou a idade legal para se casar de 17 para 18 anos.

Tal lei estipula que quem se casar com um menor ou colaborar para que um casamento com menores aconteça cumprirá pena de dois anos de prisão.

No entanto, um relatório do jornal "Haaretz" de 2016 indicava que a maioria destes casamentos não são registrados. Portanto, além de não haver estatísticas confiáveis, na maior parte dos casos o Estado não segue as recomendações policiais de acusar os culpados.