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Promotoria de Tóquio anuncia novas acusações contra Carlos Ghosn

21/12/2018 01h41

Tóquio, 21 dez (EFE).- A Promotoria de Tóquio anunciou nesta sexta-feira novas acusações contra o ex-presidente da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, que foi preso no dia 19 de novembro por supostamente ocultar pagamentos milionários e cometer irregularidades fiscais com a companhia, de acordo com informações de veículos de imprensa locais.

A nova acusação, que se soma a outras duas anteriores com mandatos de prisão distintos, baseia-se numa alegada violação de confiança agravada que poderia ter prejudicado a Nissan Motor, segundo informou a emissora estatal japonesa "NHK".

De acordo com a mesma fonte, essa acusação está vinculada com as supostas tentativas de Ghosn de transferir 1,85 bilhão de ienes (US$ 16,6 milhões) para as contas da Nissan por perdas em investimentos pessoais devido à crise financeira que eclodiu em 2008.

No entanto, segundo a "NHK", quando o regulador do mercado de ações informou ao banco envolvido nessas transferências da ilegalidade dessas intenções, Ghosn decidiu recuar.

As outras duas acusações apontam que Ghosn supostamente tentou esconder das autoridades milionárias receitas que negociou com Nissan Motor a partir de 2011 e que, segundo a mídia local, era esperado recebê-las uma vez que ele deixasse suas funções à frente da empresa japonesa.

A decisão da Promotoria de Tóquio é conhecida em meio a versões que apontam para a possibilidade de que os advogados de Ghosn apresentem um pedido de fiança a seu favor nas próximas horas.

Mas com o anúncio de que a promotoria está ampliando as acusações contra ele, a imprensa local descarta a possibilidade de Ghosn deixar a prisão para passar as festas de final de ano ao lado de seus familiares. EFE