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Explosão de ônibus de turismo nas pirâmides de Gizé deixa 4 mortos

28/12/2018 19h44

(Atualiza o número de vítimas)

Cairo, 28 dez (EFE).- Quatro pessoas morreram e dez ficaram feridas após a explosão de uma bomba caseira detonada na passagem de um ônibus de turistas que estava na região das pirâmides de Gizé, nos arredores do Cairo, informou o Ministério do Interior do Egito.

Segundo o procurador-geral do país, Nabil Sadeq, os mortos são três turistas do Vietnã e um guia turístico egípcio. Entre os feridos estão dez turistas vietnamitas e o motorista do veículo.

A bomba foi instalada em uma rua próxima às pirâmides, no distrito de Haram, um dos principais pontos turísticos do Cairo. O dispositivo foi detonado às 18h15 locais (14h15 em Brasília) na hora que em que o ônibus passava pelo local.

Segundo o primeiro-ministro do Egito, Mustafa Madbuli, o ônibus saiu do trajeto determinado para veículos turísticos e não informou o Ministério do Interior sobre a mudança de rota.

Os turistas vietnamitas assistiriam ao espetáculo de luzes e música realizado todas as noites nas pirâmides de Gizé.

As forças de segurança e uma equipe da Promotoria do Cairo estão no lugar do ataque para investigar o que ocorreu e localizar os possíveis autores do atentado.

Os feridos, segundo o primeiro-ministro, foram levados para o hospital El Haram. O guia chegou a ser resgatado com vida após a explosão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Esta foi a primeira ação com explosivos contra turistas registrada no Egito desde o atentado em um avião russo no fim de 2015. A aeronave caiu na Península do Sinai, no nordeste do país, depois de explodir no ar, matando todas as 224 pessoas a bordo.

São frequentes os atentados contra as forças de segurança do Egito e, nos últimos dois anos, vários ataques contra civis, especialmente da minoria copta cristã, foram registrados.

O país está em estado de emergência desde abril de 2017 após uma série de atentados contra igrejas no país.

Em fevereiro deste ano, as Forças Armadas do Egito iniciaram uma grande campanha militar contra o grupo terrorista Wilayat Sina, filial do Estado Islâmico no país, e mataram 459 suspeitos de terem envolvimento com a organização. EFE