Após prisão, Casa Branca tenta se distanciar de Roger Stone
Washington, 25 jan (EFE).- A Casa Branca tentou nesta sexta-feira se distanciar consultor político Roger Stone, que já trabalhou para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que a prisão do lobista não tem nenhuma relação com o governo.
"Isso não tem nada a ver com o presidente, não tem nada a ver com a Casa Branca", disse a porta-voz do governo, Sarah Sanders, em entrevista concedida à emissora "CNN".
Investigado pelas ligações entre a equipe de campanha de Trump e o governo da Rússia nas eleições de 2016, Stone foi preso na madrugada desta sexta-feira pelo FBI em Fort Lauderdale, na Flórida.
O ex-colaborador de Trump, de 66 anos, foi acusado pelo promotor especial que investiga o chamado "caso Rússia", Robert Mueler, de vários crimes, entre eles obstrução à Justiça, realizar declarações falsas e tentar manipular testemunhas.
O advogado do presidente e ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, disse ao jornal "The Washington Post" que a prisão de Stone tem relação com as declarações falsas do consultor político, não com uma conspiração com a Rússia que afeta o presidente.
A prisão ocorreu pouco antes das 6h no horário local, quando um grupo de agentes chegou à casa de Stone. Ele foi levado preso do local após uma breve operação de busca e apreensão.
A previsão é que Stone seja ouvido ainda hoje por um juiz de Fort Lauderdale. A informação foi confirmada por assessores de Mueller.
Stone trabalhou brevemente como assessor de Trump durante a campanha presidencial, mas seguiu colaborando com o atual presidente de forma informal depois de 2015.
No último dia 3 de dezembro, Trump elogiou Stone no Twitter depois de o consultor afirmar que nunca testemunharia contra o presidente no caso investigado por Mueller.
"É bom saber que algumas pessoas ainda têm culhões", disse Trump.
Stone é um dos principais consultores políticos de Washington e trabalhou para diversas campanhas eleitorais republicanas. EFE
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