Kremlin nega que mercenários russos protegem Maduro
Moscou, 28 jan (EFE).- O Kremlin tachou nesta segunda-feira de "falsa" a informação de que mercenários russos tenham viajado para Caracas para integrar a guarda pessoal do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
"Essas informações pertencem totalmente ao terreno das teorias da conspiração. Lá na Venezuela se vê por toda parte quem escolta Maduro", disse aos veículos de imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Peskov, que já tinha destacado no domingo que "o medo tem muita imaginação", afirmou hoje que "não é conveniente reagir a mentiras".
Por sua vez, o porta-voz negou que o governo venezuelano tenha solicitado ajuda militar ou financeira à Rússia para superar a crise na qual a Venezuela se encontra.
"Agora, o importante é que os próprios venezuelanos solucionem todas as diferenças que possam ter dentro da constitucionalidade", afirmou.
Peskov considerou que a "ingerência" por parte de alguns países na Venezuela "unicamente agrava a situação".
A imprensa internacional informou que cerca de 400 mercenários russos tinham chegado a Caracas para garantir a segurança de Maduro.
Mercenários russos contratados por companhias militares privadas como Wagner, dirigidas por empresários supostamente vinculados com o Kremlin, combateram nos últimos anos na Síria, na Ucrânia e na África.
Desde a explosão da crise, o Kremlin criticou a "destrutiva interferência externa" liderada pelos Estados Unidos e apoiou o governo da Venezuela
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, conversou na última quinta-feira por telefone com Maduro, a quem transmitiu seu apoio, e defendeu o diálogo pacífico para superar as diferenças na sociedade venezuelana.
Segundo a imprensa local, a Rússia investiu uns US$ 20 bilhões no seu principal parceiro na América Latina, o que inclui projetos energéticos e créditos. EFE
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