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EUA e China iniciam em Washington nova rodada de negociações comerciais

30/01/2019 17h23

Washington, 30 jan (EFE).- O representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, recebeu nesta quarta-feira o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, para uma nova rodada de negociações para evitar uma escalada na guerra comercial entre as duas potências, inflamada pelas sobretaxas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, a produtos importados do país asiático.

Lighthizer e Liu são os chefes das respectivas delegações que começaram as conversas em Washington, que terminarão amanhã.

"Espero que consigamos significativos progressos nesta semana", ressaltou o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, que faz parte da equipe de negociação americana, em entrevista dada ontem pelo canal "Fox Business".

As conversas ocorrem em um momento complicado nas relações entre EUA e China. Nesta semana, o Departamento de Justiça anunciou processos contra a empresa tecnológica chinesa Huawei por fraude bancária através da violação das sanções ao Irã e por roubo de segredos comerciais de um concorrente americano.

"Este tema não é parte das discussões comerciais (...) qualquer questão que tenha relação com a violação das leis dos EUA ou as sanções dos EUA segue por um caminho separado", afirmou Mnuchin.

Além dele e de Lighthizer, também participam do encontro o assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, e o secretário de Comércio, Wilbur Ross.

Pela parte chinesa, além de Liu, a delegação é integrada pelo governador do Banco Central da China, Yi Gang, e o vice-ministro de Finanças, Liao Min.

A Casa Branca confirmou nesta semana que Liu se reunirá amanhã com o presidente americano, Donald Trump.

Estes encontros fazem parte da negociação comercial estipulada por Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, em dezembro do ano passado, durante a Cúpula do G20.

O objetivo das reuniões entre representantes dos dois países é estabelecer "mudanças estruturais" no comércio bilateral, assim como discutir "o compromisso da China de comprar uma série de bens e serviços dos EUA", segundo Washington.

Trump deu prazo até 1º de março para que seja feito um acordo com a China. Caso contrário, prometeu elevar de 10% para 25% as sobretaxas aplicadas a US$ 200 bilhões em produtos da China. EFE