Trump diz que Maduro pediu uma reunião há alguns meses e ele recusou a oferta
O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste domingo (3) que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu uma reunião "há alguns meses" e ele rejeitou a oferta devido às "coisas realmente horríveis", em sua opinião, que estão acontecendo na Venezuela.
"Esse era o país mais rico de todos naquela parte do mundo, que é uma parte muito importante do planeta. Agora você olha para a pobreza, olha para a angústia, olha para o crime e olha para todas essas coisas que estão acontecendo. Então, acho que o processo está se desenvolvendo, e existem protestos muito, muito grandes", afirmou Trump, em entrevista exibida pela rede de TV "CBS".
Na semana passada, Maduro disse à agência de notícias russa "RIA Novosti" que estava disposto a dialogar com Trump "em particular, em público, no Estados Unidos, na Venezuela" ou onde ele quisesse e sobre todos os temas".
Maduro já tinha pedido reuniões com Trump, que chegou a se mostrar aberto a se encontrar com o líder venezuelano durante a última Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em setembro em Nova York, mas o encontro não aconteceu.
A tensão entre Estados Unidos e Venezuela aumentou em 10 de janeiro quando Maduro voltou a assumir o governo como fruto de eleições questionadas por parte da comunidade internacional.
Trump reiterou hoje que o uso da força militar continua sendo "uma opção" e, sem mencionar o nome, parabenizou o chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que, em 23 de janeiro, se autoproclamou presidente interino do país por considerar ilegítima a posse de Maduro.
"Aí está um senhor jovem e enérgico e nesse mesmo grupo há muitas pessoas. Se você quer falar de democracia, isso é democracia em ação", considerou Trump.
Guaidó nomeou vários embaixadores, entre eles o representante nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, e o representante no Grupo de Lima, que reúne 12 países do continente americano, Julio Borges.
Vecchio, Borges e outros representantes de Guaidó se reuniram esta semana em Washington com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, para uma conversa sobre o envio de ajuda humanitária.
O governo de Trump foi o primeiro a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela e, como resposta, Maduro cortou relações diplomáticas com Washington. EFE
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