Milícia de Hafter assume controle de maior campo de petróleo do sul da Líbia
Trípoli, 21 mar (EFE).- As forças leais ao marechal Khalifa Hafter, o homem forte da Líbia, anunciaram nesta quinta-feira que assumiram o controle absoluto da jazida petrolífera de Al Fil, a segunda maior do sul do país.
Em entrevista à imprensa local, Ahmad Mismari, porta-voz do Exército Regular Líbio (LNA), a milícia liderada por Hafter, assegurou que seus homens romperam a última resistência e penetraram neste campo, que produz 70.000 barris diários de petróleo e que é explorado pela multinacional italiana ENI.
Se essa notícia for confirmada, o marechal alcançou o controle total da indústria petrolífera líbia, que antes da revolução de 2011 que derrubou a ditadura de Muammar Gaddafi produzia cerca de 1,6 milhão de barris de petróleo diários.
Na atualidade, e devido ao conflito entre o governo tutelado por Hafter em Tobruk, e o sustentado pela ONU em Trípoli, a produção líbia quase não chega a 600.000 barris ao dia.
As forças do marechal, que domina há três anos a produção no golfo oriental de Sidrá, núcleo da indústria petrolífera líbia, entraram no último dia 6 de fevereiro na jazida de Al Sharara, vizinha à de Al Fil e que é explorada pela multinacional espanhola Repsol.
Desde então, Hafter mantém uma campanha militar para garantir a segurança na área e recuperar a produção - calculada em 350.000 barris de petróleo diários - parada desde dezembro do ano passado por causa da instabilidade bélica.
Além de combater às milícias ligadas ao governo rival sustentado pela ONU em Trípoli, os homens de Hafter iniciaram uma série de negociações tanto com líderes locais como com enviados do Repsol, da Companhia Nacional Líbia de Petróleo (NOC) e de outras multinacionais estrangeiras estabelecidas na região.
O controle de Al Sharara e Al Fil implica também em uma mudança importante no conflito político do país, já que é fundamental para a subsistência energética e financeira do governo sustentado pela ONU em Trípoli, que começa a ficar encurralado na capital. EFE
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