Polícia de Israel fecha conta no Telegram e detém 40 por tráfico de drogas
Jerusalém, 12 mar (EFE).- A rede israelense de distribuição de maconha Telegrass, que funcionava em nível virtual através do serviço de mensagem Telegram, sofreu um duro golpe depois que a polícia fechou este canal e deteve mais de 40 pessoas supostamente envolvidas em sua gestão.
Telegrass era muito popular em Israel e conhecida como uma rede para comprar e vender drogas e, segundo os corpos policiais, contava com milhares de distribuidores e dezenas de milhares de usuários que encomendavam entorpecentes de forma anônima, sobretudo maconha, embora também há registros de cocaína e MDMA, informou o jornal local "Times of Israel".
A operação policial, de grande envergadura, terminou com a detenção de 42 pessoas e a desarticulação do grupo que administrava o Telegrass e foi coordenada em nível internacional, já que houve detenções na Ucrânia, Estados Unidos e Alemanha, indicou o site israelense "Ynet".
Entre os detidos está o principal gerente do aplicativo, que vive nos Estados Unidos e foi detido na Ucrânia. Israel solicitará sua extradição.
Os funcionários de Telegrass trabalhavam de maneira anônima e garantiam também o anonimato de seus clientes graças ao uso do aplicativo Telegram, que tem uma estrita política de privacidade e mensagens cifradas.
A investigação policial, que durou vários meses, reuniu todas suas provas através de um agente infiltrado dentro da própria rede, informou o "Canal 13" israelense.
Os suspeitos detidos no país serão levados diante da Justiça e foram interrogados por acusações de administrar e financiar uma organização criminosa, comercializar drogas perigosas, conspirar para cometer um crime e outro tipo de crimes fiscais, como lavagem de dinheiro.
A operação acontece depois das declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quando em uma transmissão pelo Facebook através da conta de seu partido, o Likud, disse estar avaliando a possibilidade de legalizar o uso recreativo de maconha.
Esta questão voltou à pauta pela campanha eleitoral a favor da legalização da maconha da formação direitista Zehut, liderada por Moshe Feiglin, antigo parlamentar do Likud, a quem as pesquisas preveem que poderia obter representação institucional no pleito geral 9 de abril.
Israel impulsiona a produção de maconha medicinal e o Governo aprovou no final de janeiro a exportação deste produto e de seus derivados. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.