Policiais que estupraram brasileira são presos na Bolívia
La Paz, 16 mar (EFE).- Um tribunal ordenou neste sábado a prisão preventiva de oito policiais acusados de estuprar uma brasileira que cumpre pena em uma carceragem na Bolívia, informou a Promotoria Geral do Estado.
O Tribunal Cautelar de Rurrenabaque, na região amazônica de Beni, determinou a detenção preventiva dos oito agentes na carceragem dessa cidade, onde teria ocorrido a violência denunciada pela vítima, afirmou um comunicado a Promotoria.
Uma agente que foi acusada por suposto encobrimento, obteve medidas substitutivas à detenção, segundo a mesma fonte.
"Além disso, se ordenou as medidas de proteção da vítima, entre elas sua transferência para a Prisão Pública de Mulheres em Trinidad", afirmou a promotora de Beni, Nuria Gonzales, citada no comunicado.
O promotor atribuído ao caso, Orlando Aramayo, explicou que a transferência da vítima foi aplicada a fim de zelar pelos seus direitos e evitar a "revitimização".
Aramayo afirmou que na audiência cautelar "se conseguiu demonstrar de maneira objetiva que existem riscos processuais e a possível criação de obstáculos na investigação por parte dos policiais".
Segundo os antecedentes do caso, a mulher teria sofrido abusos sexuais, desde 2018, por policiais na sua cela da carceragem de Rurrenabaque, lembrou o Ministério Público.
A investigação começou no dia 6 de março, na qual "a Promotoria fez uma série de requerimentos e avaliações periciais", segundo o comunicado.
A brasileira cumpre pena de três anos por um crime de evasão, de acordo com dados da Promotoria, que não especificou de que tipo concretamente. EFE
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