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Presidente do Sri Lanka anuncia plano para reestruturar órgãos de segurança

23/04/2019 15h33

Colombo, 23 abr (EFE).- O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, anunciou nesta terça-feira uma reestruturação dos órgãos de segurança do país após a falha no compartilhamento de informações que poderiam ter evitado os atentados que mataram 321 pessoas.

"Os funcionários responsáveis pelos serviços de inteligência do Estado que receberam essas informações não as compartilharam comigo. Se tivessem me informado sobre as informações recebidas, poderíamos ter agido imediatamente", disse o presidente em discurso.

Sirisena decidiu mudar o comando dos órgãos de segurança do país nas próximas 24 horas. Isso inclui não só as agências de inteligência do Sri Lanka, mas também a Polícia e as Forças Armadas.

A série de ataques registrada no domingo começou com seis explosões quase simultâneas em três hotéis de luxo de Colombo. Também foram alvos de atentados três igrejas, uma na capital, outra em Katana, no oeste do país, e a terceira em Batticaloa, no leste.

Horas depois, uma sétima detonação ocorreu em um pequeno hotel, que ficava a poucos quilômetros ao sul de Colombo. A última atingiu um complexo residencial em Dematagoda, também na capital.

Segundo o último balanço divulgado pelo governo, 321 pessoas morreram nos atentados. Outras 521 ficaram feridas. Do total, 375 continuam internadas em diversos hospitais do país.

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela série de atentados em comunicado. Os jihadistas afirmaram que 350 pessoas morreram nos ataques e 650 ficaram feridas.

Atentados desta magnitude não ocorriam no Sri Lanka desde a guerra civil entre os guerrilheiros do grupo Tigres Tâmeis e o governo. O conflito, que terminou em 2009, durou 26 anos. Segundo dados da ONU, mais de 40 mil civis morreram no período. EFE