Operação apreende na Argentina quase mil armas que seriam levadas ao Brasil
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Buenos Aires, 26 jun (EFE).- Uma megaoperação realizada pelas autoridades da Argentina apreendeu nesta quarta-feira quase mil armas que seriam enviadas ao Brasil.
Segundo a ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, 17 pessoas foram presas em 52 operações de busca e apreensão realizadas em Buenos Aires, Santa Fé, Córdoba, Rio Negro e Santiago del Estero.
A ação foi batizada de Operação Palak, porque algumas das armas, segundo a ministra, vinham dos Estados Unidos e da Europa. Palak é o nome de um navio português que trouxe um arsenal à Argentina, no fim do ano passado, dando início às investigações.
"(As armas) saíam dos Estados Unidos e da Europa. Por isso o nome Palak, porque é um navio de origem portuguesa que trazia partes de armas. Todas essas armas formavam uma triangulação. Eram montadas na Argentina, enviadas a Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para serem levadas ao Brasil", disse a ministra.
Após oito meses de investigação, a Polícia Federal da Argentina decifrou o 'modus operandi' da quadrilha. De acordo com a ministra, os principais grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas no Brasil recorriam ao grupo desarticulado hoje para comprar metralhadoras e armas pesadas de diversos tipos.
Entre as armas apreendidas estão desde fuzis Colt M4 a AKs 47, enviados dos Estados Unidos para a Argentina por encomenda. Os carregadores eram adquiridos na Alemanha, passavam na Espanha e, por fim, eram levados à Holanda, onde os criminosos escondiam a carga em contêineres que seriam transportados a Buenos Aires.
Segundo fontes da Polícia Federal da Argentina, além das 935 armas retiradas de circulação hoje, foram apreendidas granadas, minas antitanque, visores noturnos e mais de 30 mil munições de diferentes calibres.
Durante a operação, os agentes também encontraram US$ 166 mil e 800 mil pesos argentinos com os integrantes da quadrilha. EFE
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